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O Jogo Sujo da Manipulação: Quem Realmente Ganha Com a Censura?

Vivemos, caro leitor, em um período sombrio na breve história brasileira, marcado por uma crise de valores que afeta a moral, a ética e, sobretudo, a empatia. A cada dia, mais pessoas se mostram dispostas a defender líderes políticos que, apesar de se apresentarem como humanistas, possuem intenções ocultas, motivadas pelo desejo de poder. O que mais nos intriga é o apoio crescente à censura, à perseguição e ao silenciamento de vozes contrárias. Como chegamos a esse ponto? Como é possível que indivíduos se sintam confortáveis com a ideia de ver seus semelhantes sendo calados e oprimidos? Talvez, a resposta esteja no poder da manipulação das massas e na relativização da verdade.

A expressão “Fake News” tem se tornado uma ferramenta poderosa nas mãos daqueles que buscam justificar a censura. Quem critica o governo ou denuncia irregularidades é frequentemente taxado como propagador de notícias falsas, tornando a liberdade de expressão cada vez mais ameaçada. Um exemplo emblemático é o caso de Jéssica Vitória Canedo, uma jovem de 22 anos que tirou a própria vida após ser alvo de um ataque digital. O episódio envolveu uma agência de influenciadores e revelou o poder destrutivo das redes sociais em manipular e distorcer a verdade.

Nesse cenário, as agências de mídia digital e os “influenciadores” desempenham um papel central. Grupos organizados, muitas vezes financiados por interesses políticos, utilizam exércitos de perfis anônimos para distorcer, desviar o foco e atacar qualquer um que ouse criticar o governo. O resultado é um ambiente tóxico, onde o debate genuíno é substituído por insultos, desinformação e intimidação. Como disse Sócrates: “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”, mas hoje, a maioria das pessoas não busca o conhecimento, contentando-se com a “verdade” que lhe é apresentada, sem questionar.

E falando em manipulação, tem o caso do deputado André Janones, que assumiu publicamente ter utilizado “fake news” para desestabilizar adversários políticos, é um reflexo dessa nova realidade. Não se engane: enquanto alguns se aproveitam disso para benefício próprio, você, se ousar fazer o mesmo contra o grupo dominante, será perseguido e punido. Sim, meu amigo, estamos vivendo tempos sombrios. A censura e o controle da informação se tornaram armas poderosas nas mãos de poucos, enquanto a grande massa permanece refém desse jogo sujo. Quando se trata de defender seus próprios interesses, alguns são rápidos em silenciar os outros, utilizando o pretexto da “segurança” e da “estabilidade”. Isso não é liberdade de expressão; é uma forma disfarçada de controle, que só beneficia os que já estão no poder.

Defender a liberdade de expressão não significa apenas proteger aquilo com que concordamos, mas também garantir que as vozes divergentes sejam ouvidas. A verdadeira liberdade se manifesta quando permitimos que o outro fale, mesmo que isso nos incomode ou desafie nossas convicções. O filósofo alemão Friedrich Nietzsche já alertava sobre o “comportamento de manada”, no qual as pessoas seguem cegamente a maioria, sem refletir sobre as consequências de suas ações.

Nosso país precisa despertar para essa realidade. A democracia brasileira está em risco, refém de uma elite que utiliza a censura como ferramenta para manter o controle. Enquanto isso, a mídia tradicional, muitas vezes cúmplice desse esquema, prefere não questionar. Como bem disse Chico Xavier: “Não desanime em razão da crítica. Se a censura é serviço cabível a qualquer um, a realização elevada é obra de poucos.” A pergunta que resta é: de que lado você está?

Se não lutarmos pela liberdade de expressão e pela restauração da moralidade em nosso país, corremos o risco de sermos engolidos por um sistema que premeia o silêncio e pune o questionamento. Cabe a nós, como cidadãos, nos opormos a essa tirania disfarçada e exigirmos um país mais justo e democrático, onde a verdade prevaleça.

Como bem cantou Charlie Brown Jr.: “Eles querem que você se sinta mal, pois assim eles se sentem bem.” E enquanto continuarmos a aceitar passivamente esse jogo de manipulação, seremos sempre prisioneiros de uma realidade distorcida.

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