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PGR pede condenação de Bolsonaro por plano de golpe articulado

|ㅤ15 de julho de 2025
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PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe após eleições. Provas incluem mensagens, atas de reuniões e ações da ABIN.
PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe após eleições.

PGR pede condenação de Bolsonaro por tentativa de golpe após eleições. Provas incluem mensagens, atas de reuniões e ações da ABIN. Entenda o caso que pode definir futuro político do ex-presidente.

A Procuradoria-Geral da República apresentou as alegações finais no processo que investiga uma tentativa de golpe de Estado, pedindo a condenação de Jair Bolsonaro e outros sete envolvidos. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o grupo, formado por integrantes do governo e das Forças Armadas, atuou de maneira coordenada para impedir a alternância de poder após a eleição de 2022 e chegou a cogitar o uso da força, inclusive com ameaças a autoridades públicas.

Gonet afirma que a tentativa de ruptura democrática não se baseia em suposições, mas sim em provas documentais e confissões dos próprios réus, como minutas de decretos golpistas, registros de reuniões, conversas de WhatsApp e ações da Abin e PRF. Bolsonaro é apontado como figura central no plano, usando a máquina pública para disseminar desinformação e mobilizar apoiadores contra o resultado das urnas.

Entre os réus estão ex-ministros como Augusto Heleno, Braga Netto e Anderson Torres, além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. A PGR sustenta que as ações ocorreram entre julho de 2021 e janeiro de 2023 e tinham como objetivo consolidar um projeto autoritário, que só não foi executado por falta de apoio dentro do Exército. Ainda assim, os atos de 8 de janeiro foram consequência direta da radicalização estimulada pelo grupo.

No caso de Mauro Cid, Gonet pede que não haja perdão judicial por delação, alegando que seus depoimentos foram contraditórios e pouco esclarecedores. O procurador conclui que Bolsonaro não apenas resistiu à derrota eleitoral, mas atuou ativamente para sabotar a democracia, e defende que os envolvidos sejam responsabilizados por seus atos.

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