Desde 2021, o MPDFT já investigava a Conafer por autorizar descontos indevidos em aposentadorias, mesmo sem consentimento dos beneficiários. Apesar de denúncias, documentos suspeitos e prejuízo a milhares de idosos, o INSS seguiu com os repasses à entidade, permitindo contribuições de até R$ 77 sem comprovação de adesão.
Empresas terceirizadas, como a Target e a Premiar, foram contratadas pela Conafer para ampliar a base de filiados, mas acabaram envolvidas em fraudes documentais. O escândalo só ganhou repercussão nacional após reportagens do Metrópoles, que revelaram repasses bilionários. A Polícia Federal reagiu com a Operação Sem Desconto, em 2024, que resultou em demissões na cúpula da Previdência.
A investigação mostrou que os irmãos Carlos Roberto e Tiago Lopes se beneficiaram diretamente do esquema, aumentando patrimônio e abrindo empresas. Mesmo com alertas internos, os repasses continuaram até a pressão da imprensa e do Congresso forçar a suspensão. Sedes da Conafer e da Target foram encontradas em situação precária, evidenciando o abandono após o escândalo.