O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entrou de férias nesta segunda-feira (16), em meio à disputa política envolvendo o aumento do IOF. Ele será substituído até 22 de junho pelo secretário-executivo Dario Durigan. A ausência de Haddad coincide com a tentativa do presidente da Câmara, Hugo Motta, de pautar a urgência de um decreto legislativo que pode derrubar a medida do governo.
O aumento do IOF foi anunciado em maio e, após reação negativa, o governo recuou parcialmente. Ainda assim, espera arrecadar cerca de R$ 7 bilhões com a versão atualizada da medida. Desde então, foram apresentadas 37 propostas na Câmara e 5 no Senado para sustar o aumento do imposto, conforme levantamento da CNN. Apesar da tensão, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, afirmou que não há crise e que o acordo com os líderes partidários é votar apenas a urgência, não o mérito.
No sábado (14), Hugo Motta se reuniu com o presidente Lula no Palácio da Alvorada, acompanhado de Arthur Lira. A pauta oficial do encontro não foi divulgada. A urgência do projeto, se aprovada, acelera sua tramitação, permitindo que o texto seja votado diretamente no plenário. Fica evidente o desgaste do governo na tentativa de ajustar as contas públicas via aumento de impostos.