A retirada da sobretaxa fortalece o mercado brasileiro de laranja e pode reverter a baixa liquidez da safra 2025/26 com estabilidade e novas exportações.
A decisão dos Estados Unidos de retirar a sobretaxa adicional de 40% sobre o suco de laranja brasileiro representa um alívio importante para o setor citrícola nacional. A medida, anunciada em julho por ordem executiva da Casa Branca, preserva a competitividade do produto brasileiro em seu principal mercado de exportação, permitindo maior segurança para negociações futuras.
Embora o suco brasileiro ainda esteja sujeito a uma tarifa fixa de US$ 415 por tonelada e a uma sobretaxa de 10%, a exclusão da taxa extra de 40% traz um fôlego crucial para a comercialização da safra 2025/26, que enfrentava baixa liquidez. A expectativa é de que isso estimule a retomada dos contratos, beneficiando produtores e indústrias processadoras.
Essa isenção ocorre em um momento delicado, no qual o setor lida com desafios climáticos e questões de produtividade. Manter o acesso competitivo ao mercado norte-americano é essencial para garantir o escoamento da produção nacional e minimizar perdas financeiras no campo.
Com o Brasil consolidado como o maior fornecedor mundial de suco de laranja, o novo cenário tarifário deve proporcionar maior estabilidade e favorecer o planejamento estratégico das exportações nos próximos meses, fortalecendo toda a cadeia produtiva do setor.
O Brasil domina o mercado mundial de suco de laranja
Quase 80% do suco de laranja consumido no mundo vem do Brasil? O país lidera o ranking global de exportação, com destaque para os estados de São Paulo e Minas Gerais, responsáveis por mais de 90% da produção nacional. A citricultura brasileira é tão estratégica que influencia diretamente os preços internacionais da commodity, sendo uma das principais fontes de divisas para o agronegócio.
O suco brasileiro chega a mais de 150 países, com destaque para a União Europeia, que absorve cerca de 60% das exportações. Além disso, o Brasil é o único país capaz de suprir a demanda global mesmo em anos de safra reduzida, graças a tecnologias de processamento e estoques reguladores. A cadeia produtiva emprega mais de 200 mil pessoas e movimenta bilhões de dólares anualmente, consolidando o país como potência incontestável no setor.
Fonte: CNN Brasil
Por que os EUA são tão importantes para o setor citrícola brasileiro?
Por que os EUA são tão importantes para o setor citrícola brasileiro?
Os Estados Unidos são o maior importador do suco de laranja brasileiro, especialmente na forma concentrada congelada (FCOJ), usada como base para bebidas industrializadas. Qualquer alteração nas tarifas de importação afeta profundamente a cadeia produtiva nacional. A recente retirada da taxa extra de 40%, imposta em 2020, sinaliza uma melhora nas relações comerciais e deve impulsionar as vendas.
Além do volume de negócios, o mercado americano é crucial por seu poder de influência nos preços globais. Quando os EUA aumentam suas compras, outros importadores seguem a tendência, elevando a cotação internacional. Outro fator estratégico é a sazonalidade: enquanto a Flórida (maior produtor americano) enfrenta problemas como o greening (HLB), o Brasil supre a demanda com sua produção contínua.
Apesar da concorrência com o suco mexicano, o produto brasileiro mantém vantagem devido à escala, qualidade e logística eficiente, garantindo que os EUA sigam como parceiro essencial.
Fonte: Canal Rural
FAQ – Suco de Laranja Brasileiro no Mercado Global
1. Qual a participação do Brasil no mercado mundial de suco de laranja?
O Brasil responde por cerca de 80% do suco de laranja consumido globalmente, sendo o maior exportador do produto.
2. Quais os principais estados produtores?
São Paulo e Minas Gerais são os maiores produtores, representando mais de 90% da produção nacional.
3. Para quais países o Brasil mais exporta?
A União Europeia é o maior destino (60% das exportações), seguida pelos EUA, que compram principalmente suco concentrado congelado (FCOJ).
4. Por que os EUA são tão importantes para o setor?
Além de serem o maior importador, as decisões comerciais dos EUA afetam os preços globais. A retirada recente de tarifas extras (40%) deve impulsionar as vendas.
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