Durante a cúpula entre a China e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o presidente chinês Xi Jinping anunciou a oferta de quase US$ 10 bilhões em linhas de crédito para projetos de desenvolvimento na região. No entanto, os recursos serão disponibilizados em yuan, a moeda chinesa, como parte de uma estratégia para fortalecer sua influência financeira e comercial global.
Xi destacou em seu discurso de abertura que “não há vencedores em guerras tarifárias e comerciais”, em clara referência às tensões entre China e Estados Unidos. A fala se insere em um contexto diplomático delicado, após um fim de semana de negociações comerciais entre os dois países que terminaram com sinais de progresso, mas sem resoluções definitivas.
A realização da cúpula marca uma tentativa chinesa de ampliar sua presença na América Latina, tradicionalmente vista como área de influência dos EUA. O movimento é percebido como uma resposta ao isolamento promovido pelo governo Trump e reforça o papel da China como um ator geopolítico relevante no hemisfério ocidental.