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Bastião Compilado – 29/01/2025

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Boletim – CXXIII

O Futuro da Medicina: Robôs, IA e os Desafios de uma Revolução Silenciosa

Caro leitor, nas últimas décadas, uma nação soberana vem se destacando em vários segmentos, como o econômico, o militar e, principalmente, o tecnológico. O dragão asiático, outrora restrito ao comércio internacional, hoje é a segunda maior economia do mundo e influencia a cultura global, além de tecer as camadas do poder bélico e estabelecer alianças fortificadas frente ao seu antagonista: o Tio Sam.

A China desafiou as sanções impostas ao seu aliado estratégico, a Rússia, mostrando às nações do mundo que os Estados Unidos não são tão absolutos quanto imaginavam. E, em comparação com nosso país, somos quase feudais. Condenados a abastecer seus celeiros, limpar suas bundas e, pior, pagar por tais serviços.

Pequim já havia inaugurado um jornal cujos jornalistas são IAs. Agora, surpreende novamente ao apresentar ao mundo o primeiro hospital com médicos robôs. Da ficção científica para a realidade, essa é a nova face do avanço tecnológico.

Vamos conversar sobre essa faceta da China nas próximas linhas, mas antes, deixo uma pergunta para você refletir: confiaria em um médico robô?

O dragão asiático mais uma vez se posiciona na vanguarda da inovação tecnológica, desta vez no campo da saúde. A Universidade de Tsinghua, em Pequim, anunciou o desenvolvimento do primeiro hospital de inteligência artificial (IA) do mundo. Este não é apenas mais um passo à frente; é um salto que promete remodelar a medicina como a conhecemos.

Batizado como “Hospital Agente”, o projeto visa integrar tecnologia de ponta e cuidados médicos, inaugurando uma era onde robôs e IA se tornam protagonistas no atendimento à saúde. No centro dessa revolução estão os chamados médicos robóticos, projetados para realizar diagnósticos, exames e tratamentos com uma taxa de precisão impressionante de 93,06%. Mas o que isso realmente significa para a humanidade? Será que estamos prontos para confiar nossas vidas a uma máquina?

O potencial é inegável. A previsão é que os médicos-robôs sejam capazes de atender cerca de três mil pacientes por dia, superando em muito a capacidade de um profissional humano. Com bancos de dados vastos e capacidade de análise em tempo real, eles oferecem diagnósticos rápidos e tratamentos personalizados. Além disso, a IA promete avanços em áreas como a prevenção de doenças infecciosas, prevendo surtos antes mesmo que eles se tornem crises.

A economia em custos também é um ponto forte. Com uma estrutura inicial composta por 14 médicos de IA e 4 enfermeiros virtuais, o hospital demonstra que é possível manter padrões elevados de atendimento sem os altos custos associados à mão de obra humana.

No entanto, a revolução da IA na medicina não é isenta de desafios. Um dos principais é a questão da responsabilização. Quem será culpado em caso de erro médico cometido por um robô? Erros em diagnósticos ou tratamentos não são apenas preocupantes; eles podem ser fatais. Embora a precisão dos robôs seja alta, os pesquisadores admitem que não estão imunes a “alucinações” – respostas errôneas geradas pela IA.

Outro obstáculo é a aceitação social. Pacientes estariam dispostos a confiar suas vidas a uma máquina? A relação médico-paciente sempre foi baseada na empatia e no contato humano – características que um robô dificilmente consegue emular.

Além disso, a integração de IA na saúde levanta questões éticas. Quem controla os dados sensíveis coletados durante os atendimentos? Como garantir que a tecnologia não seja utilizada para fins além do bem-estar do paciente? Estas são perguntas que ainda precisam de respostas.

Embora o progresso seja emocionante, é essencial refletir sobre suas consequências de longo prazo. Dependência excessiva de tecnologia pode tornar sistemas de saúde vulneráveis a ataques cibernéticos ou falhas técnicas. A desumanização do atendimento é outro risco, especialmente para aqueles que valorizam a interação humana em momentos de fragilidade.

Se por um lado a IA promete revolucionar a medicina, por outro nos lembra de que nenhuma tecnologia é infalível. O desafio está em equilibrar o uso da inteligência artificial com os valores humanos que tornam a medicina uma ciência tão singular.

Então, fica a pergunta: você confiaria sua saúde a um médico-robô? Enquanto celebramos os avanços, é crucial que não percamos de vista o que nos torna humanos. A medicina do futuro pode ser brilhante, mas também deve ser cautelosa. Afinal, o que está em jogo não é apenas tecnologia, mas vidas humanas.

Como alertou Isaac Asimov, “o triste aspecto da vida de hoje é que a ciência ganha em conhecimento mais rapidamente do que a sociedade em sabedoria.” A revolução dos hospitais operados por inteligência artificial pode trazer eficiência e precisão inéditas, mas será que estamos prontos para lidar com as consequências dessa transformação? Entre promessas de um futuro tecnológico e riscos ainda incalculáveis, fica o questionamento: estamos realmente preparados para que máquinas assumam um papel tão essencial na preservação da vida humana?

Kleber Inácio da silva

Graduado em História, com especialização em História e Cultura Afro-Brasileira, além de uma pós-graduação em Literatura Brasileira. Escritor – Membro da Academia Morrinhense de Letras e também integra o Conselho Municipal de Cultura de Morrinhos-GO.

INÍCIO DO ANO COM AUMENTO DA SELIC: Nessa quarta-feira, na primeira reunião sob novo comando do BC, é esperado que o padrão de altas continue.

O Comitê de Política Monetária pretende aumentar a taxa de juros em 1 ponto percentual. O colegiado já havia deixado contratados dois aumentos de 1 ponto percentual para o início de 2025, um para janeiro e outro para março.

O foco do mercado financeiro agora está voltado os anúncios que o BC irá fazer sobre a trajetória dos juros nos próximos meses.

No geral, é esperado que sob comando de Gabriel Galípolo ainda haja um voto de confiança do mercado, porém permanece a incerteza acerca da atuação da nova composição do Copom, com a maioria dos integrantes, 7 dos 9, indicados pelo presidente Lula.

Especialistas opinam que é preciso que o Banco Central atue de forma contundente em seu discurso, já que a política monetária precisa atuar de forma contundente para reverter a atual situação, que é preocupante.

TRATATIVA SOBRE DEPORTADOS É CANCELADA: A Argentina, sob o governo de Javier Milei, foi um dos países resistentes à reunião da Celac sobre as novas políticas migratórias de Donald Trump, por se alinhar ao novo governo dos EUA. A reunião foi cancelada, conforme anunciado pela presidente de Honduras, Xiomara Zelaya. O Brasil, apesar de não se opor ao encontro, buscava evitar conflitos com os EUA e preparava um posicionamento para o presidente Lula. O evento foi solicitado pelo presidente colombiano Gustavo Petro, após tensões com os EUA sobre voos de deportação. Petro recusou um voo com deportados, levando Trump a impor sobretaxas a produtos colombianos, mas um acordo foi alcançado. No Brasil, um voo com 88 deportados gerou denúncias de maus-tratos, levando o Itamaraty a cobrar explicações dos EUA.

GLEISI HOFFMAN É COTADA PARA MINISTÉRIO: Lula sondou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para assumir um ministério na reforma ministerial prevista para depois das eleições no Congresso.

Aliados do governo acreditam que ela pode ser nomeada para a Secretaria-Geral da Presidência, fortalecendo a ala que se opõe à política fiscal de Haddad, (chamada de “austericídio fiscal” por alguns membros do Partido dos Trabalhadores), posição recentemente reiterada por Gleisi Hoffman.

Também foi cogitada para o Ministério do Desenvolvimento Social.

Outra possível mudança envolve Alexandre Padilha, que pode deixar as Relações Institucionais para assumir o Ministério da Saúde, caso Nísia Trindade saia. No entanto, o governo hesita sobre retirar Nisia do cargo, pois sua exoneração resultaria numa redução do número de mulheres no governo, fato que já causou críticas da oposição no início do governo Lula.

Texto: Jordana zagury

Edição: Álif Pamponet

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