Bastião Compilado – 26/02/2025

ORUAM É PRESO EM FLAGRANTE: Na manhã desta quarta-feira, o rapper Oruam foi detido em sua residência no bairro do Joá, no Rio de Janeiro, durante o cumprimento de um mandado de busca.

A ação da polícia tinha como objetivo localizar uma arma supostamente utilizada por Oruam em um disparo ocorrido em um condomínio de São Paulo, em dezembro do ano passado. No entanto, ao chegarem ao local, os agentes encontraram Yuri Pereira Gonçalves, que possuía um mandado de prisão em aberto por envolvimento com organização criminosa.

Durante a operação, os agentes encontraram uma pistola com “kit-rajada” no cômodo onde Yuri estava. O suspeito assumiu a posse da arma, e os policiais apreenderam celulares e munições. O advogado de Oruam, Fernando Henrique Cardoso, declarou que não há acusação formal contra o cantor e que a ida à delegacia ocorreu devido à presença inesperada de Yuri na residência.

Por causa dessa situação, Oruam foi detido e será autuado sob acusação de favorecimento por abrigar um foragido da justiça. Além disso, a polícia também cumpre mandados em endereços ligados à mãe do rapper

JUSTIÇA AMERICANA NEGA PEDIDO DE RUMBLE CONTRA ALEXANDRE DE MORAES: A juíza Mary Scriven, do tribunal de Tampa, na Flórida, negou o pedido de liminar da Rumble e da Trump Media contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Os advogados queriam suspender os efeitos das decisões de Moraes nos EUA, mas a juíza afirmou que essas ordens não têm validade no país, tornando a liminar desnecessária.

O embate judicial começou após Moraes determinar o bloqueio da Rumble no Brasil por falta de representante legal no país. Antes disso, a empresa já havia solicitado à Justiça americana que declarasse as ordens de Moraes ilegais nos EUA.

Apesar da negativa, a Rumble celebrou a decisão, destacando que tribunais americanos não permitirão a aplicação de censura estrangeira. Os advogados afirmaram que o caso envolve a proteção da liberdade de expressão nos EUA.

Enquanto isso, a AGU anunciou que atuará na defesa de Moraes no processo, em parceria com um escritório internacional, conforme as regras de representação judicial no exterior.

PCC USAVA FINTECHS PARA LAVAR DINHEIRO: A Operação Hydra, deflagrada pela Polícia Federal e pelo GAECO, revelou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro operado pelo PCC por meio das fintechs 2GO Bank e InvBank. Estima-se que cerca de R$ 6 bilhões tenham sido movimentados ilegalmente em diversos países, incluindo China, EUA e Argentina, usando mecanismos financeiros sofisticados para ocultar a origem dos recursos.

Na ação, foi preso o policial civil Cyllas Elia Junior, que se apresentava como CEO da 2GO Bank e já havia sido detido em 2024 por lavagem de dinheiro para criminosos chineses. A operação também cumpre mandados de prisão e busca em São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo, além de bloquear contas bancárias e suspender as atividades das fintechs.

O caso é um desdobramento da delação do empresário Vinicius Gritzbach, morto em 2024 no Aeroporto de Guarulhos. Segundo as investigações, as fintechs encaminhavam depósitos para contas de “laranjas” sob seu controle. A SSP afirmou que Elia Junior já havia sido afastado da Polícia Civil desde 2022.