MENDANHA BUSCA NOVO PARTIDO PARA DISPUTAR ELEIÇÕES DE 2026:

Gustavo Mendanha, ex-prefeito de Aparecida e atual vice da Celg, avalia deixar o MDB para disputar o Senado ou ser vice na chapa de Daniel Vilela, já que ambos são do mesmo partido e não há espaço para uma chapa “puro sangue”. Ele também projeta uma possível candidatura ao governo em 2030.

A permanência no MDB inviabiliza até a disputa ao Senado, o que o leva a considerar outras siglas, como Republicanos e Progressistas. No entanto, partidos como o União Brasil e o PP enfrentam disputas internas que podem dificultar sua entrada.

Nos bastidores, Mendanha ainda é visto como nome viável ao Senado, a menos que o PL apoie Daniel Vilela. Nesse caso, Major Vitor Hugo, ligado a Bolsonaro, pode ser o escolhido para compor com Gracinha Caiado, alterando os rumos da articulação política.

DEPUTADOS PEDEM SAÍDA ANTECIPADA DE SECRETÁRIOS QUE DISPUTARÃO ELEIÇÕES EM 2026:

Deputados estaduais aliados do governador Ronaldo Caiado planejam sugerir que secretários e presidentes de estatais que pretendem disputar cargos nas eleições de 2026 deixem seus postos até dezembro de 2025. A proposta tem como justificativa garantir maior equilíbrio na disputa, evitando o uso da máquina pública em benefício de pré-candidaturas.

No entanto, a ideia gera controvérsias dentro do próprio governo. Um secretário, ao ser informado da proposta, argumentou que os parlamentares já estão em posição privilegiada, com forte base eleitoral sustentada por emendas parlamentares. Segundo ele, é ilusório falar em igualdade de condições, já que deputados permanecerão com seus mandatos e estrutura de campanha, enquanto os secretários teriam de abrir mão de seus cargos.

Atualmente, a legislação eleitoral permite que secretários permaneçam nos cargos até 4 de abril de 2026. A sugestão dos deputados, portanto, antecipa em quatro meses a saída obrigatória, o que reduziria o tempo de atuação no governo em um momento estratégico do calendário político. A proposta ainda não foi formalizada, mas deve ser discutida com o governador nos próximos meses.

TEMER QUESTIONA REELEIÇÃO DE LULA E PROPÕE FRENTE ÚNICA DA OPOSIÇÃO:

Michel Temer afirmou que Lula pode enfrentar dificuldades em 2026 devido à queda de popularidade e à falta de diálogo com o Congresso. Segundo ele, o presidente já não mantém o mesmo nível de articulação política dos mandatos anteriores, o que pode fazê-lo repensar a tentativa de reeleição. Temer também minimizou as críticas do PT sobre o impeachment de Dilma Rousseff, alegando que Lula mantém essa narrativa apenas para agradar a ala mais radical do partido.

O ex-presidente defendeu que a oposição forme uma candidatura única em 2026, especialmente se Jair Bolsonaro seguir inelegível. Nomes como Tarcísio, Ratinho, Zema, Caiado e Eduardo Leite são cogitados, e Temer acredita que uma frente unificada teria vantagem contra o governo. Ele ainda criticou a polarização política e defendeu eleições baseadas em resultados, citando os exemplos de FHC e do primeiro governo Lula.

Temer também comentou sobre os atos de 8 de janeiro, sugerindo que o STF reveja as penas consideradas excessivas, em vez de depender de uma anistia do Congresso. O embate interno na oposição mostra que, mesmo diante da impopularidade de Lula, a fragmentação da direita pode ser um entrave para uma disputa unificada.