Bastião Compilado – 07/05/2025

BRASIL DECLARA AOS EUA QUE NÃO IRÁ CLASSIFICAR PCC E CV COMO GRUPOS TERRORISTAS:

Em reunião realizada em Brasília, técnicos do Ministério da Justiça do governo Lula receberam representantes do governo Donald Trump e afirmaram que, segundo a legislação brasileira, facções como o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho não podem ser enquadradas como organizações terroristas. Para o Brasil, essas facções atuam com o objetivo principal de obter lucro por meio de crimes como o tráfico de drogas e armas, não se enquadrando nos critérios legais do país para terrorismo, que incluem motivações políticas, religiosas ou de ódio.

A comitiva americana defendeu que organizações criminosas transnacionais devem ser tratadas como terroristas, citando nominalmente o PCC e o CV. Nos Estados Unidos, iniciativas semelhantes têm sido adotadas em relação a grupos como a venezuelana Tren de Aragua. Um dossiê entregue pelo senador Flávio Bolsonaro aos americanos reforçava essa narrativa, apontando possíveis vínculos das facções brasileiras com o grupo libanês Hezbollah como argumento para a tipificação como terrorismo.

Além da questão da segurança, os representantes do governo Trump também manifestaram preocupação com a imigração, outro tema central para a política republicana. A reunião contou com sete técnicos do Ministério da Justiça e sete enviados dos Estados Unidos, demonstrando o interesse mútuo em aprofundar acordos de cooperação internacional, embora com divergências conceituais importantes quanto à definição e combate ao crime organizado.

ÍNDIA ATACA ALVOS NO PAQUISTÃO E AUMENTA RISCO DE CONFLITO NUCLEAR:

A Índia lançou ataques com mísseis contra nove locais no Paquistão e na Caxemira administrada por Islamabad, capital do Paquistão, alegando que os alvos eram “infraestruturas terroristas” ligadas ao massacre de 26 turistas indianos no mês anterior, em Pahalgam. O governo indiano afirma ter agido de forma “comedida”, evitando instalações militares e se concentrando em grupos militantes. No entanto, o Paquistão denunciou os bombardeios como ataques a civis, com pelo menos três mortos, incluindo uma criança, e prometeu uma resposta proporcional “no momento e local de sua escolha”.

A operação é a mais significativa desde 2019, quando a Índia também realizou bombardeios dentro do território paquistanês. O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, classificou a ação como um “ato de guerra”, enquanto o exército paquistanês alegou ter abatido duas aeronaves indianas, informação que não pode ser verificada pelos veículos de imprensa. As tensões escalaram após o ataque em Pahalgam, pelo qual Nova Déli culpa grupos militantes abrigados no Paquistão, acusação rejeitada por Islamabad, que ofereceu investigação neutra sobre o episódio.

O conflito na Caxemira, território disputado há quase 80 anos, é considerado um dos pontos mais sensíveis do mundo, dado que ambos os países possuem armas nucleares. Desde o ataque aos turistas, Índia e Paquistão intensificaram medidas hostis, incluindo fechamento de fronteiras, rompimento de tratados e demonstrações militares. A comunidade internacional, preocupada com o risco de escalada nuclear, pede moderação imediata entre as duas potências.

KATAGUIRI PROPÕE CORTE DE VERBAS PÚBLICAS A SINDICATOS E COOPERATIVAS:

O deputado federal Kim Kataguiri apresentou um Projeto de Lei Complementar que visa proibir o repasse de recursos públicos a sindicatos, cooperativas e entidades vinculadas. A proposta altera a Lei de Responsabilidade Fiscal e a LC 210/2024, vedando também a destinação de emendas parlamentares, sejam elas individuais, de bancada ou de comissão a essas organizações.

Segundo Kataguiri, o objetivo é impedir o uso político de verbas públicas por entidades privadas que, embora fora da administração pública, têm sido utilizadas como canais de favorecimento. Ele alega que sindicatos e cooperativas operam sem os mesmos mecanismos de controle e responsabilização, facilitando desvios e perpetuação de privilégios com dinheiro que deveria beneficiar diretamente a população.

O projeto surge após a divulgação de um crescimento expressivo nos repasses do Ministério do Trabalho a ONGs, com destaque para a Unisol, ligada ao ministro Luiz Marinho, que recebeu R$ 17,6 milhões, valor que é significativamente superior aos repasses durante os governos anteriores. A proposta busca reforçar os princípios de impessoalidade, moralidade e eficiência no uso do orçamento público.

PSD E PSB APOSTAM EM AAVA SANTIAGO:

Com a incorporação do PSDB ao Podemos, partidos como PSD e PSB iniciaram articulações para atrair quadros relevantes da antiga legenda. Um dos principais nomes em disputa é o da vereadora Aava Santiago (PSDB), que se destaca pela atuação na Câmara Municipal de Goiânia e por declarações que frequentemente repercutem nas redes sociais.

A parlamentar mantém boa relação com o ex-governador Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, mas já avalia novas alternativas partidárias. Essa decisão seria uma consequência natural de sua crescente projeção política, que já ultrapassa o espaço oferecido pelo partido em transição.

O PSD, liderado em Goiás pelo senador Vanderlan Cardoso, já teria feito convite formal à vereadora. Por outro lado, o PSB articula ofensiva mais ambiciosa: a deputada federal Tabata Amaral deve se reunir com Aava nesta semana para discutir uma possível filiação. Informações de bastidores apontam que a legenda estaria disposta a oferecer à vereadora até mesmo o comando do partido no estado.