Bastião Compilado – 21/04/2025

PAPA FRANCISCO MORRE AOS 88 ANOS: O Vaticano anunciou na manhã desta segunda-feira (21) a morte do Papa Francisco, ocorrida em sua residência na Casa Santa Marta, onde viveu desde que foi eleito em 2013. O pontífice faleceu no segundo andar da casa de hóspedes situada próxima à Basílica de São Pedro, segundo o porta-voz oficial da Santa Sé. Ainda não foi divulgada a causa da morte, mas espera-se que detalhes sejam esclarecidos após a certificação oficial do óbito, prevista para a noite desta segunda.

O corpo do Papa será colocado em um caixão às 20h (horário local) e a missa de sufrágio será celebrada pelo cardeal Baldo Reina na Basílica de São João de Latrão, em Roma, às 14h do horário de Brasília. A cerimônia de constatação da morte será conduzida pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo do Vaticano, responsável também pela supervisão dos ritos funerários e pela colocação do corpo no caixão.

Seguindo um protocolo adaptado por Francisco, o corpo será exposto primeiro na capela privada da Casa Santa Marta e, em seguida, será levado em caixão aberto para a Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão prestar suas últimas homenagens. A apresentação oficial do caixão está prevista para a manhã de terça-feira (22), embora o horário exato ainda não tenha sido divulgado. A morte de Francisco encerra um pontificado marcado por humildade, reformas e uma postura pastoral voltada para os marginalizados.

SUPREMO REBATE CRÍTICAS DE REVISTA INGLESA SOBRE PODER EXCESSIVO DE MORAES: O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, respondeu neste sábado (19) a críticas publicadas pela revista inglesa The Economist, que apontou um suposto excesso de poder por parte do ministro Alexandre de Moraes. A publicação reconheceu os ataques à democracia brasileira promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas sugeriu que juízes do STF, especialmente Moraes, também representam um risco à democracia por exercerem poderes considerados excessivamente amplos. Barroso rebateu, afirmando que o Brasil vive uma “democracia plena, com Estado de direito e respeito aos direitos fundamentais”.

A Economist destacou o julgamento de Bolsonaro, defendendo que ele fosse conduzido pelo plenário do STF e não pela Primeira Turma, da qual Moraes faz parte. Barroso esclareceu que o procedimento adotado segue as regras vigentes da Corte, nas quais ações penais contra altas autoridades são julgadas por uma das turmas e não pelo plenário, como padrão. Além disso, rejeitou a ideia de que críticas ao tribunal possam gerar suspeição de seus ministros, afirmando que o apoio a Moraes é institucional e não pessoal.

A revista também criticou decisões monocráticas e a atuação de Moraes em ações contra desinformação online, como a determinação de remoção de contas da rede social X. Barroso respondeu que a plataforma foi temporariamente suspensa por retirar seus representantes legais do Brasil, não pelo conteúdo publicado. Ele também ressaltou que decisões individuais de ministros são posteriormente ratificadas pelo colegiado. A Economist concluiu sugerindo que o STF atue com maior moderação, o que Barroso contrapôs defendendo o papel da Corte diante de omissões de outras instituições, como o Congresso.

KLAUS SCHWAB DEIXA PRESIDÊNCIA DO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL APÓS DÉCADAS DE LIDERANÇA: Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial (WEF), anunciou sua renúncia imediata ao cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da organização, encerrando uma era que começou com a criação do evento em 1971. Aos 87 anos, Schwab justificou a decisão como parte de uma transição planejada, já que havia anunciado anteriormente a intenção de reduzir sua participação ativa. Ele será substituído interinamente por Peter Brabeck-Letmathe, vice-presidente do Conselho e ex-CEO da Nestlé.

O Fórum de Davos, conhecido por reunir anualmente líderes políticos, empresariais e intelectuais na Suíça, continuará sob a direção de um conselho composto por nomes influentes como Marc Benioff, Larry Fink, Al Gore, Christine Lagarde e Kristalina Georgieva. Embora promova o lema “comprometido em melhorar o estado do mundo” e defenda a cooperação internacional, o WEF também é alvo frequente de críticas por seu caráter elitista e pela concentração de poder nas mãos de uma pequena elite global.

Schwab, nascido na Alemanha e com raízes suíças, escolheu a cidade alpina de Davos para sediar o evento por acreditar que um ambiente informal favoreceria o diálogo entre os líderes. Sua saída marca um momento simbólico para a organização, e acontece em um momento em que o Fórum enfrenta questionamentos sobre sua eficácia e representatividade nos debates econômicos, sociais e ambientais em escala global.