Bastião Compilado – 11/04/2025

REORGANIZAÇÃO DA REGIÃO DA 44 JÁ IMPULSIONA VENDAS E CIRCULAÇÃO: A recente reorganização da Região da 44, em Goiânia, já apresenta efeitos positivos no comércio local. De acordo com a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), houve aumento de cerca de 30% na circulação de pessoas e até 40% nas vendas, apenas na primeira semana após as mudanças.

A ação, promovida pela Prefeitura, ofereceu aos ambulantes duas opções de regularização: realocação para galerias comerciais — com isenção temporária de aluguel — ou adesão à Feira Hippie, que abriu 1.200 vagas.

A nova organização trouxe mais segurança e mobilidade para consumidores e lojistas. Com as calçadas desobstruídas, a movimentação nas ruas e o acesso às lojas melhoraram significativamente.

GOIÂNIA OFICIALIZA MEMBROS DO NOVO CONSELHO DE GOVERNO: O prefeito Sandro Mabel oficializou a criação do Conselho de Governo de Goiânia, que terá dez membros representando o Executivo, o Legislativo e a sociedade civil. A composição foi publicada no Diário Oficial do Município e o grupo será presidido pelo próprio prefeito. A expectativa é que mais um integrante da sociedade civil ainda seja incluído.

 Entre os representantes do Executivo estão a vice-prefeita Coronel Cláudia, o procurador-geral Wandir Allan e os secretários Sabrina Garcez (Governo), Ana Carolina Nunes (Planejamento Urbano), Valdivino de Oliveira (Fazenda) e Eerizania Freitas (Assistência Social). O presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo, participa como representante do Legislativo. Pela sociedade civil, integram o grupo Paulo Ortegal (coordenador político da campanha de Mabel), Dyogo Crossara (advogado) e Flávio Rassi (vice-presidente da Fieg). 

As reuniões serão trimestrais ou convocadas pelo prefeito, e não há remuneração envolvida. Os membros poderão continuar com suas atividades profissionais, já que a função é honorária. Segundo o decreto, o Conselho deve ajudar a garantir mais estabilidade, eficiência e sintonia entre as ações da prefeitura e as necessidades da população.

DECLARAÇÃO DE GLEISI SOBRE ANISTIA GERA REAÇÃO NEGATIVA NO STF: Ministros do Supremo Tribunal Federal demonstraram insatisfação com uma declaração da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, sobre a possibilidade de anistia a condenados pelos atos de 8 de Janeiro. Em entrevista, Gleisi afirmou que a discussão sobre redução de penas era “plenamente defensável” e poderia ser conduzida pelo Congresso Nacional. A fala foi mal recebida na Corte, levando ao menos três ministros a procurarem interlocutores do presidente Lula para expressar seu descontentamento, classificando a declaração como “absurda”.

Um dos ministros chegou a considerar a posição de Gleisi como um “suicídio político”, alertando que ela poderia acabar responsabilizando o governo por uma eventual derrota no Congresso. Diante das críticas, auxiliares de Lula tentaram contornar a situação, argumentando que a ministra foi mal interpretada e que o presidente não estaria disposto a apoiar a revisão das penas dos condenados, conforme sugerido por ela.

Internamente, a avaliação de colegas de governo é que Gleisi pode ter feito a declaração sob pressão do presidente da Câmara, Hugo Motta, diante do avanço de uma proposta de anistia. Na mesma noite da entrevista, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, anunciou ter recolhido as assinaturas necessárias para pautar o projeto em regime de urgência, o que pode acelerar sua votação no plenário.

XI JINPING PEDE UNIÃO COM UE CONTRA GUERRA COMERCIAL DE TRUMP: Durante encontro com o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, o presidente da China, Xi Jinping, pediu que a União Europeia se una a Pequim para resistir à guerra comercial promovida por Donald Trump. Xi criticou medidas unilaterais e defendeu a proteção da globalização e do comércio internacional. Enquanto isso, Trump voltou a defender suas tarifas como uma estratégia para repatriar a produção industrial dos EUA, o que gerou instabilidade nos mercados. O presidente francês Emmanuel Macron também alertou sobre os riscos dessas ações e pediu uma resposta firme da Europa.

A tensão entre Estados Unidos e China afetou os mercados globais, provocando quedas nas bolsas asiáticas e em Wall Street, embora algumas bolsas europeias tenham reagido positivamente após o anúncio de Trump sobre uma suspensão temporária de novas tarifas. No entanto, tarifas de 10% a 25% seguem em vigor contra produtos da União Europeia e da China, sendo que a China enfrenta uma sobretaxa de até 145%. Em resposta, a UE considerou possíveis contramedidas, como a taxação de gigantes da tecnologia americana.

Apesar do tom desafiador de Trump, que classificou os impactos econômicos como um “custo necessário”, a China prometeu “lutar até o fim”, exigindo que qualquer negociação ocorra com igualdade e respeito mútuo. Enquanto isso, outros países asiáticos evitam confrontos diretos. Internamente, Trump também enfrenta críticas e suspeitas de manipulação de mercado após mudanças inesperadas em sua política comercial, levantando preocupações entre legisladores democratas nos EUA.