Bastião Compilado – 24/03/2025

TAXA DO LIXO EM RIO VERDE COMEÇA A SER COBRADA EM ABRIL: No dia 12 de dezembro de 2024, a Câmara Municipal de Rio Verde aprovou, por 15 votos a 5, a criação da taxa do lixo, proposta pelo ex-prefeito Paulo do Vale (União Brasil). A medida, considerada impopular, gerou protestos da população, que lotou o plenário durante os debates.

A nova taxa, que entra em vigor em abril, prevê cobranças de até R$ 140 para residências e R$ 320 para estabelecimentos comerciais. Defensores do projeto argumentam que os recursos arrecadados serão utilizados para melhorar a coleta e o tratamento de resíduos sólidos, enquanto críticos apontam o impacto financeiro sobre moradores e empresas.

A decisão dividiu os vereadores e gerou forte repercussão nas redes sociais, onde cidadãos questionam a eficiência da gestão pública e a necessidade de mais uma cobrança. Com a implementação da taxa se aproximando, o debate sobre seus efeitos e benefícios promete continuar.

Os vereadores que votaram a favor da taxa do lixo em Rio Verde foram Cabo Moraes (PP), Gerlos (UNIÃO), Lindomar Neves (UNIÃO), Luciano Perpétuo (PDT), Luiz Encanador (PRD), Orestes da Habitação (MDB), Ronaldinho Cruvinel (PP), Serginho da Saúde (UNIÃO), Zé Henrique (UNIÃO), Flávia Furtado (UNIÃO), Júlio da Ferragista (PDT), Lúcia Batista (PSDB), Paulo Humberto (PODE), Sargento Ubiratan (PSD) e Soldado Fernando (MDB).

Já os vereadores que se posicionaram contra a medida foram Nayara Barcelos (PSD), Elvis dos Brinquedos (REPUB), Armando Filho (MDB), Eder Magrão (DC) e Lucivaldo Medeiros (PSD).

CAIADO ISOLADO NA DIREITA: No dia 4 de abril, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, oficializará sua pré-candidatura à Presidência da República em Salvador. No entanto, enquanto ele busca consolidar apoio dentro do União Brasil, Jair Bolsonaro estará simultaneamente no Paraná, em uma agenda ao lado de Ratinho Júnior (PSD). A escolha de Bolsonaro por um roteiro paralelo, sem qualquer gesto de aproximação com Caiado, evidencia o isolamento político do governador goiano dentro da direita, um campo que ainda está sob influência do ex-presidente.

A relação entre Bolsonaro e Caiado é marcada por atritos. A candidatura do governador representa um desafio à hegemonia bolsonarista, ainda que o ex-presidente esteja inelegível até 2030.

 Bolsonaro resiste a apoiar qualquer liderança que não pertença ao seu círculo mais restrito. Nesse contexto, Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, mantém-se alinhado à figura do ex-presidente, enquanto Caiado, desde a pandemia, evidencia sua autonomia e traça um caminho próprio, destoando da cartilha bolsonarista.

Além do isolamento político, o governador ainda é alvo de uma acusação por abuso de poder durante período eleitoral. Embora o processo esteja temporariamente suspenso, o risco de inelegibilidade pode afetar sua candidatura.

STF ADIA JULGAMENTO DE CARLA ZAMBELLI APÓS PEDIDO DE VISTA DE NUNES MARQUES: O julgamento da deputada federal Carla Zambelli no Supremo Tribunal Federal foi adiado após o ministro Nunes Marques pedir vista do processo. A parlamentar é acusada de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma. O julgamento ocorre em plenário virtual e já conta com cinco votos favoráveis à condenação. Apesar do pedido de vista, outros ministros ainda podem se manifestar, mas o desfecho do caso só ocorrerá quando todos tiverem votado.

A acusação contra Zambelli refere-se a um episódio de 2022, quando a deputada perseguiu um homem armado em uma rua de São Paulo. O relator do caso, ministro Gilmar Mendes, votou pela condenação da deputada a cinco anos e três meses de prisão, além da perda de mandato e do direito ao porte de armas. O pedido de vista de Nunes Marques pode postergar a decisão para o segundo semestre, o que dá mais tempo para a defesa apresentar novos argumentos.

Zambelli afirma confiar na Justiça e acredita que será absolvida com o esclarecimento dos fatos. O advogado da deputada critica o formato do julgamento virtual, alegando que a sustentação oral realizada por meio de vídeos compromete a efetividade da defesa.

 Enquanto isso, a decisão final dependerá do voto dos ministros que ainda não se manifestaram, e, caso a condenação seja confirmada, caberá à Câmara dos Deputados decidir sobre a perda do mandato da parlamentar.