“LULA CHEFIA NARCOESTADO”, DIZ CAIADO APÓS VISITA DO PRESIDENTE A ONG ASSOCIADA AO PCC:

O governador de Goiás e pré-candidato à Presidência em 2026, Ronaldo Caiado (União Brasil), fez duras críticas ao presidente Lula após a visita do petista à Favela do Moinho, em São Paulo. A agenda foi articulada com a Associação da Comunidade do Moinho, entidade presidida por Alessandra Moja Cunha, irmã de um ex-líder do tráfico local. Para Caiado, o episódio comprova que o Brasil vive um “narcoestado” sob comando de Lula, acusando o presidente de se ajoelhar diante do crime organizado.

A visita teve como objetivo anunciar o acordo para a desocupação pacífica da favela, onde vivem cerca de 900 famílias. A área, que pertence à União, será transformada em um parque. O governo federal e o estadual irão repassar até R$ 250 mil por família para auxiliar na realocação. Antes do entendimento entre os governos, ações da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para demolir casas geraram críticas por parte dos moradores, que denunciaram abusos durante as operações policiais.

Caiado também aproveitou o caso para criticar uma proposta de emenda constitucional (PEC) que amplia o papel da União na segurança pública, apresentada pelo governo federal em abril. Para o governador, a medida enfraquece os estados e concentra poderes em Brasília. Ele voltou a dizer que Lula não representa os brasileiros trabalhadores, mas sim interesses ligados ao crime e a grandes grupos de influência.

Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que a visita ao Moinho seguiu todos os protocolos de segurança e não apresentou riscos à comitiva. O Planalto também reforçou que a escuta de comunidades e a interlocução com lideranças locais fazem parte da política de inclusão social do governo. A polêmica, no entanto, ampliou o confronto político entre Lula e Caiado, especialmente em torno do tema da segurança pública.

TRUMP VOLTA A DEFENDER BOLSONARO E CHAMA PROCESSOS NO BRASIL DE “CAÇA ÀS BRUXAS”:

Pelo segundo dia consecutivo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou suas redes sociais para defender Jair Bolsonaro. Em postagem na Truth Social, Trump pediu que deixem o ex-presidente brasileiro “em paz” e classificou os processos judiciais contra ele como uma “caça às bruxas”. Trump comparou a situação de Bolsonaro ao que ele próprio diz ter enfrentado nos EUA.

Trump afirmou que Bolsonaro está sendo injustamente perseguido e que o único julgamento legítimo deveria ser feito pelos eleitores. O republicano também destacou que conhece o ex-presidente brasileiro e o considera um “líder forte” e um bom negociador. Ambos mantêm uma relação de admiração mútua desde 2018.

Atualmente, Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele responde por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada e incitação ao golpe, podendo pegar até 39 anos de prisão, segundo especialistas.

Além disso, Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisões do Tribunal Superior Eleitoral relacionadas a abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante sua campanha à reeleição. As manifestações públicas de Trump reforçam a conexão entre os dois líderes e repercutem no cenário político brasileiro.

NIKOLAS DIZ SER ALVO DE PERSEGUIÇÃO APÓS DENÚNCIA POR DIFAMAR EX-PREFEITO DE BH:

O Ministério Público Eleitoral de Minas Gerais denunciou os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Bruno Engler (PL-MG), Delegada Sheila e a ex-candidata a vice Cláudia Araújo por difamação contra Fuad Noman, ex-prefeito de Belo Horizonte. Segundo o MP, eles divulgaram conteúdos distorcidos sobre o livro “Cobiça”, escrito por Fuad, para associá-lo a apologia a crimes sexuais, durante o segundo turno das eleições de 2024.

Em vídeo publicado nas redes, Nikolas caracterizou o livro como “pornográfico” e sugeriu que crianças teriam sido expostas ao conteúdo durante um festival cultural. A Justiça já havia considerado as declarações como propaganda irregular e ordenado a remoção do vídeo, além de conceder direito de resposta ao então candidato.

Fuad Noman foi reeleito prefeito, mas faleceu em março de 2025. Agora, o MP quer punição criminal aos parlamentares, incluindo suspensão de direitos políticos e indenização por danos morais.

Em resposta, Nikolas declarou que sofre perseguição política: “É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país”. Os demais envolvidos ainda não se pronunciaram.