VEREADOR REAGE A PROMOTORA E PROPÕE LIMITAR ATUAÇÃO DO MP SOBRE VOTOS NA CÂMARA DE GOIÂNIA:

Um embate entre o Ministério Público de Goiás e a Câmara Municipal de Goiânia ganhou destaque após a promotora Leila Maria de Oliveira emitir uma recomendação direta aos vereadores contra a tramitação de um projeto que remaneja R$ 10 milhões para a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana. A iniciativa gerou desconforto entre parlamentares, que alegam violação da inviolabilidade do voto. Durante sessão ordinária, o vereador Vitor Hugo (PL) criticou a abordagem da promotora, afirmando que o MP agiu corretamente no conteúdo, mas errou na forma de fiscalização, ao contatar individualmente os parlamentares.

Segundo Vitor Hugo, a intimação pessoal dos vereadores ultrapassa os limites institucionais e compromete a autonomia do Poder Legislativo. O parlamentar afirmou que o medo de represálias por parte do MPGO impediu a votação do projeto da Prefeitura. Ele sugeriu que a Câmara entre com uma ação judicial para proibir esse tipo de abordagem do Ministério Público, alegando que a recomendação solicitava algo inconstitucional: barrar a tramitação de um projeto de lei. Para ele, um diálogo direto com a promotora seria mais adequado do que ações unilaterais de pressão.

O vereador ainda fez um apelo à oposição, especialmente à vereadora Kátia Maria (PT), que acionou o MPGO, pedindo que disputas políticas sejam resolvidas dentro da Câmara. Kátia, por sua vez, justificou sua atitude afirmando que a Prefeitura estava tentando mascarar uma transferência de recursos para a Comurg, o que poderia gerar problemas com o Tribunal de Contas dos Municípios.

GOVERNO DE GOIÁS ADOTA NOVO MODELO PARA ACELERAR OBRAS DE INFRAESTRUTURA:

O governo de Goiás implantou um novo modelo de contratação com o objetivo de dar mais agilidade às obras em rodovias estaduais. A medida, aprovada pelo conselho responsável pelos recursos do fundo de infraestrutura, permite firmar parcerias com entidades do terceiro setor sem a necessidade de licitação. A proposta tem como base o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil e será inaugurada com o Instituto para o Fortalecimento do Agronegócio de Goiás (IFAG). Para o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda, a iniciativa segue a legislação federal e busca destravar investimentos que vêm sendo represados por entraves burocráticos.

As autoridades defendem que o modelo tradicional de licitações públicas, muitas vezes, é lento e ineficiente, resultando em projetos abandonados ou longos processos de disputa que paralisam obras essenciais. Com o novo formato, o Estado pretende reduzir prazos e acelerar a seleção de empresas capacitadas para executar serviços, especialmente em infraestrutura viária. A previsão é que a escolha das empresas leve cerca de um mês, permitindo maior fluidez na execução de obras como pavimentação de estradas e construção de pontes.

O modelo contará com fiscalização de órgãos públicos, e representantes do Estado integrarão os conselhos das entidades responsáveis pelos projetos. Segundo os defensores da proposta, haverá controle sobre os recursos aplicados e transparência na execução dos contratos.

EM CÚPULA DO G7, TRUMP DEFENDE RETORNO DA RÚSSIA AO GRUPO:

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deixou a cúpula do G7 com uma promessa de ajuda militar do Canadá, mas sem a reunião esperada com Donald Trump. O presidente dos EUA cancelou o encontro de última hora, gerando frustração em Kiev e levando Zelensky a afirmar que a diplomacia está em crise. A reunião seria uma oportunidade para discutir o reforço no envio de armas para a Ucrânia, que segue em guerra com a Rússia.

O clima ficou ainda mais tenso após os Estados Unidos vetarem uma declaração conjunta sobre a guerra, alegando que o texto tinha um tom excessivamente crítico à Rússia. Embora os outros seis membros do G7 tenham concordado com uma linguagem firme contra Moscou, o consenso foi barrado pela resistência de Trump, que sugeriu, inclusive, o retorno da Rússia ao grupo, já que o país foi expulso em 2014 após anexação da Crimeia.

O Canadá anunciou mais de US$ 1 bilhão em ajuda militar à Ucrânia e novas sanções contra Moscou. A cúpula também teve acordos sobre migração, inteligência artificial, minerais estratégicos e incêndios. Porém, a guerra na Ucrânia expôs divisões entre os aliados e aumentou a pressão sobre os EUA para liderar a resposta ao conflito.