GOIÁS PROJETA SAFRA RECORDE DE SOJA E CONSOLIDA POSIÇÃO NO PAÍS:

Goiás deve registrar um crescimento de 15,7% na safra de grãos 2024/25, conforme estimativa divulgada nesta quinta-feira (12) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O destaque é a soja, cuja produção deve saltar de 16,8 para 20,4 milhões de toneladas. O feijão também apresenta avanço, com mais de 300 mil toneladas previstas. A maior alta percentual é do girassol, com crescimento estimado de 59,5%.

A Secretaria de Agricultura do Estado atribui os bons resultados às condições climáticas favoráveis durante o ciclo produtivo. Segundo a superintendente de Produção Rural da Seapa, Patrícia Honorato, o plantio foi beneficiado por chuvas regulares e a colheita, por um período de estiagem, com baixa incidência de pragas. “Foi uma safra muito favorável, com condições hidroclimáticas ideais”, afirmou.

Com produtividade média de 4.122 quilos por hectare, a soja goiana mantém o Estado entre os três maiores produtores do Brasil. Apesar dos números positivos, a Seapa ressalta que os dados ainda são preliminares, já que parte das culturas da segunda safra segue em campo. A colheita do milho já começou nas regiões Sul e Sudoeste, com resultados considerados promissores.

OBRA MILIONÁRIA DA PONTE ESTAIADA EM ANÁPOLIS SEGUE SEM CONCLUSÃO:

A ponte estaiada de Anápolis, anunciada no fim de 2023 como a maior obra municipal de Goiás, continua inacabada e sem previsão de entrega. Projetada para ligar as avenidas Brasil Sul e Pedro Ludovico, a estrutura já consumiu R$ 40 milhões dos cofres públicos e ainda precisará de mais R$ 90 milhões, segundo a atual administração. A obra foi iniciada durante a gestão do ex-prefeito Roberto Naves e permanece parada, enquanto a prefeitura avalia alternativas para sua conclusão.

O prefeito Márcio Corrêa (PL) atribui a paralisação à realocação de recursos feita pelo governo anterior, afirmando que cerca de R$ 800 milhões foram direcionados a outras obras. Naves, por sua vez, nega irregularidades e afirma que a interrupção partiu da nova gestão. As acusações cruzadas evidenciam o desgaste político em torno da obra, que passou a ocupar lugar central no debate municipal desde o início de 2024.

Diante do impasse, a Prefeitura de Anápolis busca alternativas para retomar a obra, com expectativa de firmar parcerias com o governo estadual ou federal. Segundo o secretário de Obras, Thiago de Sá, o diálogo com o Estado está em andamento, mas ainda não há definição sobre o repasse dos recursos. Enquanto isso, a estrutura segue inativa, à espera de uma solução que permita sua conclusão.

GOVERNO PEDE AO STF SUSPENSÃO DE PROCESSOS SOBRE DESCONTOS INDEVIDOS NO INSS:

O Governo Federal, por meio da Advocacia-Geral da União e da Presidência da República, solicitou ao Supremo Tribunal Federal a suspensão imediata de todos os processos judiciais movidos por beneficiários do INSS que sofreram descontos considerados indevidos. A ação visa frear a “litigância predatória” e proteger a Previdência Social, que enfrenta um grande volume de ações judiciais relacionadas a descontos fraudulentos realizados por entidades associativas.

Entre 2020 e 2025, cerca de 9 milhões de descontos irregulares afetaram aposentados e pensionistas, resultando em prejuízos estimados próximos a R$ 1 bilhão. Essa situação gerou mais de 65 milhões de processos judiciais que, segundo a AGU, colocam em risco a estabilidade financeira do INSS e ameaçam o funcionamento do sistema previdenciário. Para tentar solucionar o problema, o INSS lançou o Portal de Desconto de Mensalidades Associativas, que permite a restituição administrativa dos valores, mas o governo considera insuficiente o combate apenas na esfera administrativa.

A proposta apresentada ao STF pede ainda a declaração de inconstitucionalidade das decisões que impuseram restituição em dobro com base no Código de Defesa do Consumidor, a suspensão da prescrição das ações indenizatórias e o reconhecimento de que a União e o INSS não devem ser responsabilizados sem comprovação de conduta ilícita. A decisão do Supremo será fundamental para definir os próximos passos na tentativa de garantir segurança jurídica e proteger os recursos da Previdência.