EMBATE ENTRE TRUMP E MUSK MOVIMENTA POLÍTICA AMERICANA:

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu com desdém às críticas de Elon Musk sobre seu pacote fiscal, atualmente em tramitação no Senado. Em publicações na rede Truth Social, Trump afirmou que não se incomoda com a “revolta” do empresário e reforçou os méritos de seu projeto, que prevê cortes de US$ 1,6 trilhão em despesas e redução de impostos em US$ 3,7 trilhões ao longo de dez anos. Segundo ele, o plano evitaria um aumento de 68% nos tributos e corrigiria “a bagunça” herdada de administrações anteriores.

Musk, por sua vez, chamou o pacote de uma “abominação repugnante” e criticou medidas associadas a Trump, como a revogação do chamado “mandato dos carros elétricos”. Trump rebateu dizendo que dispensou Musk por ele estar “ficando insuportável” e que a medida visava livrar os americanos da obrigação de comprar carros elétricos “que ninguém queria”. Musk respondeu chamando as declarações do presidente de “mentira tão óbvia” e lamentou o nível da discussão.

O escritório de orçamento do congresso americano alertou para possíveis consequências sociais da proposta, incluindo o aumento de US$ 2,4 trilhões no déficit e a perda de seguro-saúde para 10,9 milhões de pessoas. O projeto também traz medidas polêmicas, como o retorno da construção do muro na fronteira com o México, restrições ao Medicaid e cortes no SNAP. Além disso, prevê incentivos tributários para pequenos negócios, gorjetas e veículos, além da criação das “contas Trump” para recém-nascidos e o fim do financiamento público à clínica Planned Parenthood.

CAIADO CRESCE E OPOSIÇÃO A LULA GANHA FORÇA PARA 2026:

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tem ganhado visibilidade nacional e começa a se tornar um nome competitivo para a disputa presidencial de 2026. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada em 5 de junho, Caiado cresceu seis pontos percentuais em reconhecimento popular desde janeiro, e aparece com 33% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra o presidente Lula. O levantamento também destaca que, ao contrário de outros nomes, como Eduardo Bolsonaro, Caiado e outros governadores vêm se tornando mais conhecidos e competitivos.

A pesquisa indica um cenário mais equilibrado para a sucessão de 2026. Lula aparece com 41% das intenções de voto, em empate técnico com Tarcísio de Freitas (40%), Michelle Bolsonaro (39%) e Ratinho Júnior (38%). Para o diretor do instituto, Felipe Nunes, há uma crescente rejeição ao governo Lula que começa a se refletir eleitoralmente, o que beneficia figuras ligadas ao bolsonarismo ou à direita em geral, como Zema, Tarcísio e Caiado, que antes eram pouco conhecidos fora de seus estados.

A pesquisa também revela que a maioria da população (66%) se opõe à reeleição de Lula, percentual que vem crescendo desde janeiro. No campo bolsonarista, 65% dos entrevistados acham que Bolsonaro, hoje inelegível, deveria apoiar outro nome. Caso ele pudesse concorrer, haveria empate com Lula (41% para cada). Além disso, o medo da volta de Bolsonaro (45%) e da reeleição de Lula (40%) divide os eleitores, revelando um cenário ainda polarizado.

ZAMBELLI É INCLUÍDA NA LISTA DA INTERPOL E ENFRENTA ORDEM DE PRISÃO INTERNACIONAL:

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi incluída na difusão vermelha da Interpol após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e pedido da Polícia Federal. A medida ocorre poucos dias após sua condenação a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e inserção de documentos falsos, entre eles um mandado de prisão forjado contra o próprio Moraes. Com isso, Zambelli pode ser presa em qualquer país que mantenha acordo com a organização internacional de polícia.

A parlamentar deixou o Brasil pela fronteira com a Argentina e seguiu para a Europa. Fontes confirmam que ela chegou a Roma na manhã de quinta-feira (5), antes da inclusão formal de seu nome na lista da Interpol. No dia anterior, sua assessoria confirmou que ela estava na Flórida, nos Estados Unidos. Moraes atendeu ao pedido da PGR e decretou sua prisão preventiva na quarta-feira (4), alegando risco à ordem pública e à instrução do processo.

Em resposta, Zambelli publicou nota criticando a decisão de Moraes, classificando-a como “monocrática” e um exemplo de perseguição política. A deputada prometeu denunciar o caso em fóruns internacionais, afirmando que o STF estaria agindo com autoritarismo. Ela já havia tido o passaporte apreendido em 2023, mas o documento foi posteriormente devolvido, o que permitiu sua saída do país antes da nova decisão judicial.