TRUMP DÁ ULTIMATO A PUTIN PARA ENCERRAR GUERRA NA UCRÂNIA:

Durante coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá encurtar o prazo para que a Rússia aceite um cessar-fogo com a Ucrânia. Em vez dos 50 dias inicialmente previstos, Trump falou em um novo limite de “dez a 12 dias”, alertando que, caso não haja avanço nas negociações, sanções secundárias serão impostas a Moscou.

Trump declarou que não deseja punir a Rússia, mas criticou a falta de progresso por parte de Vladimir Putin. Segundo ele, não há motivo para esperar mais, e a imposição de sanções será inevitável se não houver acordo. Ele ainda expressou ceticismo sobre novas conversas com o presidente russo, sinalizando um endurecimento em sua postura diplomática.

O republicano também comentou sobre o conflito em Gaza, afirmando que o grupo Hamas tem se tornado “difícil de lidar”. Já sobre o Irã, Trump subiu ainda mais o tom, dizendo que, caso o país volte a investir em energia nuclear, os EUA “eliminarão rapidamente” essa ameaça. Suas declarações refletem uma política externa mais agressiva e focada em resultados rápidos.

Keir Starmer, por sua vez, destacou a necessidade de ajuda humanitária em Gaza como prioridade no momento. As falas dos dois líderes expõem visões distintas para a resolução de conflitos internacionais e reafirmam o papel central dos EUA em pressões geopolíticas de alcance global.

BOLSA CAI COM CENÁRIO DISTANTE DE ACORDO ENTRE BRASIL E EUA E BALANÇOS CORPORATIVOS NO HORIZONTE:

Na manhã de segunda-feira (28), o Ibovespa iniciou a semana com queda de aproximadamente 0,80%, operando na faixa dos 132 mil pontos, recuperando parte da valorização registrada no primeiro semestre. Mesmo com o recente acordo de tarifas com a União Europeia, que reduziu a taxação para 15%, os mercados já precificavam esse movimento, reforçando que o principal motivo da queda é a ausência de negociações com os Estados Unidos, que planejam aplicar tarifas de 50% ao Brasil a partir de 1º de agosto.

O mercado está apreensivo diante da falta de sinalização de um acordo entre Brasil e Estados Unidos. O impasse bilateral, marcado por declarações públicas tensas, contribui para a pressão no mercado acionário nacional. O ambiente permanece incerto em relação a uma mediação ou atenuação do chamado “tarifaço” norte-americano.

Além da tensão internacional, os investidores aguardam a temporada de divulgação de balanços corporativos. Empresas como Vale, Bradesco e Santander devem apresentar seus resultados no decorrer da semana, e seus desempenhos podem influenciar decisivamente o rumo do Ibovespa.

A agenda macroeconômica também coloca o Brasil em uma “supersemana”, com decisões importantes sobre a taxa Selic e indicadores como inflação, PIB e dados de emprego doméstico. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve deve anunciar sua política monetária, e dados como o payroll e o PIB também ganham relevância. No cenário global, a pressão das tarifas e a composição dos balanços reforçam um contexto de elevada volatilidade nos mercados.

WALL STREET JOURNAL COBRA LIBERDADE DE EX-ASSESSOR DE BOLSONARO:

O jornal norte-americano Wall Street Journal publicou um editorial neste domingo (27) defendendo a libertação de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar no Paraná. Segundo o veículo, registros do Departamento de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, usados pelo Supremo Tribunal Federal para justificar a prisão preventiva de Martins como “risco de fuga”, seriam falsos.

O editorial aponta que os documentos norte-americanos usados no processo teriam sido inseridos, removidos e depois reaparecido em sites do governo dos EUA, o que indicaria irregularidades. O WSJ sugere que o caso está sendo politizado pelas autoridades brasileiras, e diz que Martins deveria responder em liberdade enquanto prepara sua defesa.

Filipe Martins é acusado de integrar o chamado “núcleo 2” da suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República o vincula ao núcleo jurídico da trama, alegando que ele teria ajudado na redação de minutas que previam Estado de Sítio e GLO. No entanto, testemunhas, como o ex-chefe do cerimonial da Presidência, afirmaram ao STF que Martins não embarcou com Bolsonaro para os EUA, contrariando o argumento da acusação.

Preso em fevereiro de 2024 durante a operação Tempus Veritatis, Martins nega todas as acusações. O Wall Street Journal finaliza seu texto cobrando que os EUA façam uma investigação transparente sobre os registros supostamente falsos, o que também poderia comprovar que Martins não saiu ilegalmente do Brasil.