BOLSONARO É ALVO DE NOVA OPERAÇÃO DA PF E TERÁ QUE USAR TORNOZELEIRA ELETRÔNICA:

A Polícia Federal realizou na manhã desta sexta-feira (18) uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, cumprindo mandados de busca e apreensão em sua residência e na sede do PL, em Brasília. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o aval da Procuradoria-Geral da República, que apontou indícios de crimes como coação no curso do processo, obstrução de justiça e ataques à soberania nacional.

Como parte das medidas cautelares, Bolsonaro será monitorado por tornozeleira eletrônica e deverá cumprir recolhimento domiciliar das 19h às 7h e durante os fins de semana. Além disso, o ex-presidente está proibido de utilizar redes sociais e de manter contato com outros investigados, embaixadores, diplomatas estrangeiros e seu filho Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos.

A determinação de Moraes considera o contexto das investigações que envolvem Bolsonaro e sua relação com possíveis articulações internacionais, incluindo as ações de Eduardo Bolsonaro no exterior. As restrições também buscam evitar interferências no processo judicial em curso. A operação marca mais um capítulo nas investigações que atingem o ex-presidente e figuras próximas a ele.

KIM KATAGUIRI PROPÕE FIM DE BÔNUS BILIONÁRIO PARA ADVOGADOS DA UNIÃO:

O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) apresentou um projeto de lei para acabar com o pagamento direto de honorários de sucumbência a advogados públicos federais. A medida visa reverter uma decisão aprovada em 2016, durante o governo Dilma Rousseff, que permitiu a distribuição desses valores a membros da Advocacia-Geral da União. Segundo dados oficiais, os honorários já somam R$ 2,1 bilhões em 2025, beneficiando aproximadamente 8 mil advogados públicos.

Pela proposta, todos os valores arrecadados com esses honorários deverão ser destinados ao Tesouro Nacional e considerados recursos públicos, mesmo quando a parte vencedora na ação for um órgão do governo. O projeto altera o Código de Processo Civil e outras leis relacionadas à carreira da advocacia pública federal. Kataguiri argumenta que o modelo atual configura uma distorção jurídica e fiscal, além de violar o princípio constitucional que veda pagamentos adicionais a carreiras jurídicas.

O parlamentar também aponta que a prática cria um “incentivo perverso”, comprometendo a imparcialidade dos advogados públicos ao vincular parte de sua remuneração ao sucesso nas ações judiciais. Para ele, o advogado da União deve atuar exclusivamente em defesa do interesse público, sem buscar ganhos financeiros com vitórias em processos. Ele acrescenta que os recursos atualmente distribuídos poderiam ser revertidos para áreas essenciais como saúde, educação e segurança.

O projeto surge em meio a críticas à falta de transparência nos pagamentos de honorários, agravadas pela demora do governo em atualizar os dados no Portal da Transparência. A própria AGU reconheceu que o sistema ficou desatualizado por meses, e que o ministro Jorge Messias recebeu R$ 193 mil em um único mês. Apesar de o STF já ter reconhecido a legalidade da prática, Kataguiri argumenta que os efeitos éticos e fiscais da medida ainda não foram plenamente considerados.

SÍRIA RETIRA TROPAS DE CIDADE APÓS CONFLITO COM GRUPO PROTEGIDO POR ISRAEL:

O governo da Síria decidiu retirar suas tropas da cidade de Suwayda, no sul do país, depois de dias de confronto entre forças sírias, milícias drusas e tribos beduínas. A retirada aconteceu logo após ataques de Israel à capital, Damasco. Israel justificou os bombardeios dizendo que queria proteger a minoria drusa, que vive tanto na Síria quanto em Israel e no Líbano.

O presidente sírio, Ahmed al-Sharaa, afirmou que preferiu proteger o povo sírio em vez de seguir com os conflitos. Ele disse que o país não tem medo da guerra, mas que a prioridade é evitar mais destruição. Uma nova trégua com os drusos foi anunciada com apoio dos Estados Unidos, embora haja dúvidas se ela será mantida, já que um acordo anterior durou pouco.

Os bombardeios de Israel atingiram prédios importantes do governo sírio, como o Ministério da Defesa. Três pessoas morreram, segundo autoridades locais. Um canal de TV chegou a mostrar o momento de uma explosão ao vivo, fazendo o apresentador se proteger no estúdio. O presidente sírio acusou Israel de querer dividir o país e espalhar o caos.

Apesar dos pedidos dos Estados Unidos por mais calma, Israel continuou com os ataques. A situação na Síria já era delicada após a queda do governo Assad e a chegada de novos grupos ao poder. Agora, o governo tenta evitar uma guerra maior, mas o clima na região segue tenso e instável.