CAIADO CRITICA SOLTURA DE MC POZE E ACUSA INVERSÃO DE VALORES NO BRASIL:

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, manifestou-se nas redes sociais contra a soltura do funkeiro MC Poze do Rodo, preso no fim de maio por apologia ao crime e suposta ligação com o Comando Vermelho. O artista foi libertado após concessão de habeas corpus pela Justiça do Rio de Janeiro e cumprimento de medidas cautelares. Para Caiado, o episódio representa uma grave falha institucional e um estímulo à criminalidade, especialmente ao se considerar a comemoração que seguiu a saída do cantor da prisão.

Em vídeo publicado nas redes sociais, Caiado afirma que a celebração em torno da libertação de Poze simboliza uma “inversão de valores” no país. Segundo ele, o fato de o cantor ter registrado vínculo com o Comando Vermelho ao ser preso é um sinal alarmante de como facções criminosas estariam avançando na sociedade. Ele acusa o sistema judicial de acovardamento e de permitir que criminosos sejam tratados como heróis nacionais, alertando que o país estaria em risco de perder sua soberania para o crime organizado.

O governador ainda fez duras críticas ao presidente Lula, ao Judiciário e ao Ministério Público, acusando-os de omissão e de estarem concentrados apenas nos eventos de 8 de janeiro. Para Caiado, o caso do funkeiro é um reflexo da fragilidade do Estado frente ao poder das facções. Ele conclui afirmando que, se a prisão tivesse ocorrido em Goiás, o cantor não teria sido libertado, mesmo com decisão judicial.

FARSA NO MERCADO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É DESCOBERTO:

A startup britânica Builder.ai, que prometia revolucionar o desenvolvimento de software com uma plataforma de automação baseada em inteligência artificial, entrou em colapso após a revelação de que a operação era, na verdade, sustentada por trabalho manual de centenas de engenheiros na Índia. Com mais de US$ 445 milhões arrecadados de investidores de peso como a Microsoft, a empresa vendia uma falsa IA chamada Natasha que, na prática, apenas disfarçava um sistema tradicional de terceirização de código. A farsa foi descoberta graças a denúncias e vazamentos internos.

Além da fraude operacional, a Builder.ai se envolveu em práticas contábeis enganosas ao participar de um esquema de “round-tripping” com a startup indiana VerSe Innovation. As duas empresas trocavam faturas com valores semelhantes para inflar artificialmente suas receitas, ludibriando investidores e superestimando as vendas em até 300%. Isso levou à desconfiança de credores como a Viola Credit, que congelou ativos da empresa em 2023. O processo de insolvência foi formalizado no Reino Unido, e investigações foram abertas nos EUA.

O caso expôs um problema mais amplo: a falsa promessa de automação total em empresas de tecnologia. Em paralelo, a Amazon também admitiu que seu sistema “Just Walk Out” dependia de mais de mil pessoas na Índia para funcionar corretamente, apesar de ter sido vendido como uma inovação autônoma. Tanto Builder.ai quanto Amazon evidenciam os limites da inteligência artificial e, além de levantar questões éticas, demonstram como o sensacionalismo toma conta dessa área do mercado tão pouco compreendido e em constante atualização.

HUMORISTA LÉO LINS É CONDENADO COM BASE EM LEI DE RACISMO:

O humorista Léo Lins foi condenado a oito anos de prisão em regime inicialmente fechado com base na nova versão da Lei do Racismo, sancionada pelo presidente Lula em 2023. A norma ampliou o entendimento de racismo, tornando imprescritíveis e inafiançáveis condutas como a injúria racial, inclusive em contextos artísticos. A juíza responsável pelo caso, Barbara de Lima Iseppi, entendeu que piadas feitas por Lins durante um show de stand-up se enquadravam nesse novo escopo, caracterizando crime de racismo. Além da pena de prisão, a legislação também determina a proibição do condenado de frequentar espaços culturais por três anos.

A decisão gerou controvérsias e críticas, especialmente por aplicar a Léo Lins uma pena comparável à de crimes graves como corrupção e lavagem de dinheiro. O humorista questionou o que considera um excesso da Justiça ao tratar uma apresentação humorística como ato criminoso. Especialistas apontam que, com as mudanças, fazer piadas envolvendo etnias ou minorias pode ser punido mais severamente do que crimes como furto ou sequestro. A imprescritibilidade da pena agrava ainda mais a situação, sendo algo não aplicado nem mesmo a homicidas ou estupradores.

Juristas também levantaram preocupações sobre os riscos à liberdade de expressão. A legislação não especifica claramente quais são os grupos minoritários protegidos, deixando margem para interpretações amplas e subjetivas. Críticos como os advogados José Antônio Rosa e Antônio Pedro Machado alertam para o risco de censura e para a insegurança jurídica gerada pela amplitude da lei. Para eles, a norma cria um terreno instável, no qual o contexto humorístico pode ser criminalizado, impactando diretamente artistas e o campo cultural.