HUMBERTO RIBEIRO, DO SLEEPING GIANTS, É NOMEADO PARA O CONSELHÃO DO GOVERNO LULA:

O advogado Humberto Ribeiro, cofundador e diretor jurídico do Sleeping Giants Brasil, foi nomeado para integrar o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), órgão consultivo da Presidência da República conhecido como Conselhão. A posse está marcada para esta terça-feira (5), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, com a presença de ministros e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Criado em 2020, o Sleeping Giants Brasil se notabilizou por campanhas que pressionam empresas a retirarem publicidade de sites e perfis acusados de promover discursos considerados ofensivos ou controversos nas redes. Humberto Ribeiro, por sua vez, tem defendido maior regulação do ambiente digital, com foco em políticas centradas no usuário e transparência de algoritmos.

Especialista em gestão de projetos pela USP e mestrando em Direito e Tecnologia pela UFMG, o novo conselheiro tem atuado em temas como responsabilidade da publicidade online e regulação das plataformas digitais. Segundo ele, é preciso superar modelos baseados na mercantilização de dados e promover governança digital com foco em direitos.

Em junho de 2025, o Sleeping Giants foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar indenização por danos morais à emissora Jovem Pan, após divulgar um vídeo com edição considerada maliciosa. A decisão determinou ainda a exclusão das publicações das redes sociais e foi mantida em segunda instância.

PRISÃO DOMICILIAR DE BOLSONARO COMPLICA NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM OS EUA:

A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciada nesta segunda-feira (5) pelo ministro Alexandre de Moraes, trouxe implicações além do campo jurídico. A medida adiciona tensão ao já delicado cenário das relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em meio às negociações para redução das tarifas de 50% impostas por Washington a setores estratégicos da economia brasileira.

Nos bastidores, o governo brasileiro vinha tentando separar a pauta comercial da política. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin lideravam as tratativas com os americanos, buscando manter a negociação distante da polarização gerada por Bolsonaro. A estratégia previa deixar as questões políticas nas mãos do presidente Lula, enquanto a dupla cuidava da diplomacia econômica.

Com a reação do Departamento de Estado dos EUA, que criticou publicamente a decisão judicial brasileira ao dizer “Deixem Bolsonaro falar!”, o plano inicial ficou mais difícil de sustentar. A declaração evidencia que o entorno de Donald Trump tem interesse em politizar o tema e usar a prisão como ferramenta de pressão diplomática.

Haddad agora enfrenta o desafio de manter o foco nas negociações com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sem que o embate institucional com Bolsonaro tome o protagonismo. Ainda assim, o objetivo principal segue sendo a obtenção de um acordo que alivie o impacto tarifário sobre a economia brasileira, especialmente em setores produtivos sensíveis às medidas impostas por Washington.

GOVERNO LULA ESTUDA COMPRAR EXCEDENTES TARIFADOS POR TRUMP PARA APOIAR PRODUTORES:

Diante das tarifas de 50% aplicadas pelo governo dos Estados Unidos sob Donald Trump, o governo brasileiro estuda utilizar compras públicas como forma de socorro a setores prejudicados pelas restrições comerciais. Em reunião realizada na segunda-feira (4), ministros sinalizaram a empresários que itens como café, frutas, pescados e mel poderão ser adquiridos diretamente pelo Estado caso percam mercado externo.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, mencionou a possibilidade durante o encontro. Já o vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que a proposta faz parte do plano de contingência em estudo. A iniciativa ganhou força nos últimos dias e deve incluir também a autorização para que governos estaduais adquiram os produtos afetados.

A proposta exige mudanças legais, seja por medida provisória ou por projeto de lei, para alterar os critérios atuais de compras públicas. Hoje, esses processos seguem a lógica de menor preço, priorizando a agricultura familiar por meio de programas como o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Com a nova política, as compras seriam direcionadas a exportadores prejudicados.

Além da possibilidade de reforçar a merenda escolar com os produtos adquiridos, o governo avalia usar os alimentos para atender pessoas em situação de insegurança alimentar. A medida é tratada como emergencial e visa evitar prejuízos econômicos e o acúmulo de estoques, especialmente em estados produtores.

PREFEITO SANDRO MABEL DESPISTA SOBRE MUDANÇA DE LÍDER NA CÂMARA E REFORÇA COBRANÇA À BASE ALIADA:

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), evitou responder se pretende substituir seu líder na Câmara Municipal, Igor Franco (MDB), ao ser questionado nesta terça-feira (5), durante o lançamento do Projeto Eco Escolas. Embora afirme manter uma boa relação com os vereadores, Mabel aproveitou o momento para emitir um recado firme à sua base, sugerindo que a reprovação de projetos pode prejudicar a cidade, mas também reforçando uma cobrança explícita para que os parlamentares não rejeitem suas propostas.

Durante sua fala, o prefeito enfatizou que os projetos enviados pela prefeitura visam beneficiar o município, mas deixou claro que espera alinhamento da base e que eventuais obstruções não serão bem vistas. A participação discreta de parlamentares nos eventos recentes da agenda pública do prefeito tem sido acompanhada de atenção nos bastidores da política local.

Nos bastidores, cresce a expectativa sobre a possível substituição do líder Igor Franco, que teria causado desconforto ao assinar um requerimento para a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga irregularidades na limpeza urbana do Consórcio Limpa Gyn. Mabel deverá tratar do assunto em reunião com vereadores durante o almoço.

Além disso, o prefeito sinalizou que pretende enviar à Câmara um projeto para agilizar a contratação de servidores temporários, sobretudo nas áreas da saúde e educação, ressaltando as dificuldades impostas pela legislação atual diante de servidores afastados. Ele afirmou que está buscando parceria com o Sesi para revisar licenças e atestados, destacando o impacto direto nas aulas e serviços públicos.