GOIÂNIA PLANEJA INSTALAR 10 MIL CÂMERAS COM MODELO DE MONITORAMENTO INSPIRADO NO RIO:

A Prefeitura de Goiânia pretende expandir sua rede de videomonitoramento urbano para mais de 10 mil câmeras, inspirando-se na estrutura do Centro de Operações Rio, conhecido como COR, e do Centro Integrado de Comando e Controle, chamado CICC, ambos situados na capital fluminense. Atualmente, a cidade conta com cerca de 500 dispositivos sob responsabilidade da Guarda Civil Metropolitana. O prefeito Sandro Mabel, do União Brasil, e o secretário municipal de Inovação, Fábio Christino, estiveram no Rio de Janeiro para conhecer o funcionamento dos centros e avaliar a possibilidade de aplicar um modelo semelhante na capital goiana.

Segundo a administração municipal, a proposta é criar um centro de inteligência voltado não apenas à segurança pública, mas também ao gerenciamento de diversas áreas. A ideia é integrar dados de ao menos 19 secretarias utilizando tecnologias como dispositivos conectados à internet, sistemas de inteligência artificial e câmeras com reconhecimento facial. A expectativa é proporcionar uma visão mais completa e em tempo real do funcionamento da cidade, permitindo respostas rápidas e estratégicas a diferentes situações.

O sistema também deverá ser utilizado em eventos com grande concentração de público, como a tradicional Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade, e no controle de trânsito em casos de acidentes, intervenções urbanas ou movimentações intensas. De acordo com Fábio Christino, o modelo permitirá melhorar o planejamento urbano, a operação do transporte coletivo e o atendimento de emergências, como o deslocamento de ambulâncias e a circulação em unidades de saúde.

A implantação do centro ainda está em fase de estudos técnicos, incluindo a escolha do local, a definição da equipe responsável e a aquisição dos equipamentos necessários. A execução ocorrerá em etapas, com investimentos em tecnologia, capacitação de pessoal e parcerias com a iniciativa privada, incluindo empresas, instituições e condomínios que já possuem sistemas de câmeras. A meta é transformar o futuro centro em uma base integrada de dados, capaz de apoiar decisões mais precisas, prevenir riscos e qualificar os serviços públicos prestados à população.

ONDA VERDE JÁ MELHORA TRÂNSITO EM GOIÂNIA E DEVE ALCANÇAR 36 CORREDORES ATÉ 2026:

A Prefeitura de Goiânia iniciou a implantação da chamada onda verde em três importantes corredores viários da cidade: Mutirão–Castelo Branco, Jamel Cecílio–Avenida 136 e Avenida 24 de Outubro. A medida consiste na sincronização dos semáforos para reduzir paradas desnecessárias e melhorar a fluidez do trânsito. A expectativa do prefeito Sandro Mabel é de que, até o fim de 2026, todos os 36 corredores definidos por estudos técnicos estejam integrados ao novo sistema.

Com uma frota de aproximadamente 1,3 milhão de veículos, a capital enfrenta crescentes desafios de mobilidade. A reprogramação dos sinais é vista pela administração municipal como uma forma de antecipar problemas e adaptar o sistema viário ao aumento no número de carros. Além da fluidez, a onda verde já apresenta resultados visíveis para quem circula diariamente pela cidade, com relatos positivos tanto de motoristas quanto de profissionais do transporte.

Usuários como o comerciante Matheus Rodrigues e a condutora Jéssica Martins apontam ganhos concretos, como a redução no tempo de deslocamento e a melhoria da sinalização. O taxista Marcelo Pires, com mais de três décadas de experiência nas ruas da capital, considera a mudança um avanço necessário, destacando também a criação de vias com conversões livres à direita. As intervenções na Avenida 24 de Outubro incluíram ainda novo traçado viário, faixas de pedestre mais visíveis e reordenamento das vagas de estacionamento.

Para o secretário de Engenharia de Trânsito, Tarcísio Abreu, os benefícios vão além dos condutores. Ele defende que a segurança do pedestre e o tempo de travessia adequado também são prioridades. A onda verde traz impactos ambientais e sociais importantes, ao reduzir a emissão de poluentes e o estresse no tráfego. O transporte coletivo também se torna mais eficiente.

DEFESA DE MAURO CID ACUSA PGR DE DESLEALDADE E PEDE PERDÃO JUDICIAL AO STF:

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid apresentou ao Supremo Tribunal Federal suas alegações finais no processo que apura tentativa de golpe de Estado. No documento, os advogados pedem perdão judicial ao ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro e acusam a Procuradoria-Geral da República de deslealdade ao não reconhecer os benefícios integrais da colaboração premiada. Para a PGR, Cid omitiu informações relevantes e, por isso, deveria ter apenas um terço da pena reduzida.

Os advogados Cezar Roberto Bittencourt, Vania Adorno Bittencourt e Jair Alves Pereira alegam que todas as informações compartilhadas por Cid foram amplamente utilizadas pela acusação. Segundo a defesa, o colaborador foi explorado pela PGR em mais de 500 páginas de manifestação, mas acabou desqualificado ao final do processo. Para os defensores, esse comportamento compromete a segurança jurídica e fere a boa-fé processual.

A defesa também afirma que Cid não omitiu fatos de forma intencional e que não relatou detalhes sobre o chamado “Plano Punhal Verde e Amarelo” porque não tinha conhecimento sobre ele. O texto destaca que, durante a colaboração, o militar ficou em posição de vulnerabilidade, rompendo com a lealdade hierárquica que marca as relações militares, ao denunciar irregularidades cometidas por seus superiores e antigos aliados do poder político.

Por fim, os advogados sustentam que Cid agiu sempre como assessor, sem poder de comando ou liderança nas decisões que envolviam o suposto golpe. Eles ressaltam que ele confirmou o apoio de Bolsonaro à tese de fraude eleitoral, mas negou que o ex-presidente tivesse disposição de assinar qualquer minuta golpista. A defesa também cita a atuação alinhada de Cid com o então comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, que rejeitou qualquer articulação contra a democracia.

PETROBRAS ANUNCIA QUEDA DE 14% NO PREÇO DO GÁS NATURAL PARA DISTRIBUIDORAS:

A Petrobras anunciou uma redução média de 14% no preço de venda da molécula de gás natural para distribuidoras. A nova tarifa começa a vigorar a partir de 1º de agosto, refletindo atualizações contratuais trimestrais que consideram a variação do petróleo Brent e do câmbio. No trimestre mais recente, o Brent teve queda de 11% e o real se valorizou 3,2% frente ao dólar.

Segundo a estatal, os contratos permitem variações nos preços conforme oscilações de mercado e podem ainda ser impactados por prêmios de performance e incentivos à demanda. Desde dezembro de 2022, a redução acumulada no preço da molécula chega a 32%, podendo atingir 33% com os prêmios aplicados integralmente. A companhia destacou que o preço final ao consumidor depende também de custos de transporte, portfólio de suprimento, margens das distribuidoras e impostos.

No estado do Rio de Janeiro, a concessionária Naturgy informou que aproximadamente um milhão de clientes serão beneficiados com a queda nas tarifas. Para consumidores da região metropolitana, os descontos vão de 1,39% no setor residencial até 3,73% nos postos de GNV. Já no interior do estado, os percentuais são ainda maiores, chegando a 7,27% para o GNV e 5,56% para a indústria.

A Naturgy ressaltou que o Rio lidera o uso do GNV, com cerca de 1,7 milhão de veículos convertidos. Com as novas tarifas, o combustível se torna ainda mais econômico, podendo gerar economia de até 50% em relação ao etanol e à gasolina. O uso do GNV também garante desconto no IPVA e é mais sustentável, emitindo cerca de 25% menos dióxido de carbono do que os combustíveis líquidos.

SENADOR DOS EUA QUER BARRAR TAXAÇÃO DE TRUMP SOBRE O BRASIL:

O senador democrata Tim Kaine, dos Estados Unidos, afirmou que pretende apresentar uma resolução contra a nova taxação de 50% anunciada por Donald Trump sobre produtos brasileiros. A medida está prevista para entrar em vigor no dia 1º de agosto, e depende da formalização por meio de uma ordem executiva da Casa Branca, ainda não enviada ao Congresso.

Kaine declarou que só poderá apresentar a contestação após o envio oficial do documento ao Senado. Caso a ordem venha acompanhada de uma justificativa baseada em estado de emergência, o parlamentar pretende argumentar que não se trata de uma real emergência. A resposta do senador ecoa medidas anteriores adotadas contra tarifas impostas ao Canadá.

A expectativa em Washington é que Trump assine a ordem executiva nos próximos dias, o que abriria caminho para a reação formal do Congresso. A resolução semelhante contra as tarifas ao Canadá foi aprovada no Senado, mas não chegou a ser votada na Câmara dos Representantes.

No Brasil, o chamado “tarifaço” preocupa os exportadores, principalmente do setor de carnes, que já estimam perdas superiores a 1 bilhão de dólares. A diplomacia brasileira e setores econômicos acompanham de perto a movimentação no Congresso norte-americano e aguardam desdobramentos.