AVANÇO DA DENGUE EM GOIÁS ALERTA AUTORIDADES DE SAÚDE:

Nos cinco primeiros meses de 2025, Goiás já registrou 31 mortes por dengue, um número alarmante que se aproxima das 58 mortes ocorridas em todo o ano de 2023. Além disso, outros 54 óbitos ainda estão sob investigação. Os dados, obtidos pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses da Secretaria de Saúde do Estado, indicam uma possível repetição da crise vivida em 2024, considerado o pior ano da dengue no estado.

O número de casos também é preocupante: com 49.437 confirmações até agora, os dados de 2025 já superam os de 2023, que teve 43.174 casos ao longo de todo o ano. Goiânia lidera com sete mortes confirmadas e 18 em investigação, seguida por Aparecida de Goiânia, com dois óbitos confirmados e quatro suspeitos. Outros municípios como Montes Claros, Mozarlândia e Novo Gama também apresentam dois óbitos cada, mostrando a disseminação da doença pelo estado.

A gravidade da situação levou o Ministério da Saúde a incluir Goiânia e Aparecida de Goiânia entre as 80 cidades prioritárias do país para receber reforço da Força Nacional do SUS, em abril. A medida busca conter a transmissão da doença, que se mantém em níveis elevados e ameaça repetir ou até superar os recordes negativos do ano anterior. As autoridades reforçam a importância da vigilância sanitária e da eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti para conter o avanço da dengue.

SERVIDOR DA PRF RELATA AÇÕES DIRECIONADAS DURANTE ELEIÇÃO DE 2022 AO STF:

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal, o servidor da PRF Adiel Pereira Alcântara revelou que a corporação realizou abordagens direcionadas a ônibus durante as eleições de 2022, por ordem do então diretor-geral Silvinei Vasques. Segundo Alcântara, as ordens vinham acompanhadas da exigência de fotos das operações, e o foco era monitorar veículos com origem em estados do Sudeste e Centro-Oeste com destino ao Nordeste. As ações foram justificadas oficialmente como medidas de segurança viária, mas levantaram suspeitas de uso político da instituição.

O servidor relatou desconforto com a postura de Vasques, a quem acusou de fazer “polícia de governo”, e não de Estado, ao alinhar a PRF ao então presidente Jair Bolsonaro. Outros agentes, como Clebson Vieira, também demonstraram incômodo com a atuação da cúpula da corporação e o suposto “desespero” para coletar dados sobre redutos eleitorais de Lula. O depoimento reforça a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra os envolvidos no chamado “núcleo 1” de uma suposta tentativa de golpe.

Durante a audiência, o general Freire Gomes negou ter dado voz de prisão a Bolsonaro, como foi sugerido em depoimento anterior por outro militar. Gomes, no entanto, confirmou que alertou o ex-presidente sobre a ilegalidade de eventuais medidas fora da Constituição, como o uso indevido da Garantia da Lei e da Ordem. O julgamento envolve figuras centrais do governo Bolsonaro, como Anderson Torres, Braga Netto e Augusto Heleno, todos réus por suposta participação em trama golpista.

PEC DA GCM GANHA APOIO NO SENADO E PODE REFORÇAR SEGURANÇA NAS CIDADES:

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) declarou que há uma expectativa positiva em relação à aprovação da PEC 37/2022, que inclui a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e os agentes de trânsito no sistema oficial de segurança pública do país. Segundo ele, a proposta não cria novas atribuições, mas oferece respaldo jurídico às funções que essas corporações já exercem, como patrulhamento ostensivo e apoio na segurança dos bairros, especialmente nas periferias urbanas.

Para Goiás, o senador acredita que a medida trará avanços importantes, uma vez que as guardas municipais já têm atuação consolidada na segurança pública local. Com a aprovação da PEC, esses profissionais poderão ter acesso a melhores condições de trabalho, além de maior integração com outras forças de segurança, como a Polícia Militar. Isso pode resultar em mais presença nas ruas e na prevenção de crimes em regiões mais vulneráveis.

A PEC 37/2022 está pronta para votação no Plenário do Senado e tramita em regime de urgência, com previsão de ser votada na próxima semana. A proposta altera o artigo 144 da Constituição Federal para oficializar a inclusão das guardas municipais no rol de órgãos de segurança. A iniciativa acompanha decisões recentes do STF e da legislação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que já reconhecem esses profissionais como parte integrante da estrutura de segurança nacional.