Donald Trump tomou posse como o 47º presidente dos Estados Unidos, e, como era esperado, o evento gerou uma onda de debates e especulações que prometem ecoar por meses. Já ganhando o título de “exterminador da cultura woke”, Trump assumiu o cargo no último dia 20, com o juramento tradicional e um discurso recheado de promessas ousadas e características marcantes: polêmicas e confrontos com o status quo. “O declínio da América chegou ao fim”, declarou ele ao lançar sua agenda “Make America Great Again” 2.0. Uma nova era se inicia na balança política mundial. Desde conflitos bélicos até influências políticas, Trump chegou na crista da onda e promete derrubar agendas progressistas e ir contra o globalismo.
Em seu discurso, Donald afirmou que o país está prestes a entrar em uma “nova era dourada”. Entre as medidas anunciadas estão o endurecimento do controle na fronteira sul, com a promessa de expulsar todos os que entraram ilegalmente, e ações para taxar outros países, além de eliminar incentivos a veículos elétricos, com o objetivo de tornar os Estados Unidos energeticamente independentes. “Chega de depender de outros”, afirmou o presidente. Ele também fez declarações categóricas sobre a política de gênero, afirmando que os Estados Unidos serão “um país com dois gêneros: masculino e feminino”. Claro que isso levou os wokes à loucura e exemplifica bem o que a Meta anunciou recentemente: o desligamento de grupos de diversidade em suas empresas, seguindo o ritmo do governo. Até um setor do FBI fechou seu departamento de diversidade. Além disso, Trump garantiu a restauração da liberdade de imprensa e a reintegração de servidores dispensados por não apresentarem comprovantes de vacina. Em um momento surpreendente, mencionou planos para retomar o controle do Canal do Panamá e enviar astronautas para fincar a bandeira americana em Marte. Pode ser que estejamos prestes a visualizar uma nova corrida espacial, principalmente com a disputa pelo hélio-3, extremamente raro na Terra, mas abundante na Lua, ponto de partida para o astro que leva o nome do deus da guerra.
No mesmo dia, Trump assinou uma série de decretos emblemáticos que incluíram a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris e da OMS, a concessão de perdão aos réus do episódio de 6 de janeiro, a reinserção de Cuba na lista de países patrocinadores de terrorismo e o fim da cidadania por nascimento para filhos de imigrantes ilegais ou turistas. Seu discurso deixou claro que pretende redefinir as regras do jogo e inaugurar um novo capítulo na história americana. “É o início de uma era de ouro para os Estados Unidos”, disse ele, reivindicando também influência no cessar-fogo entre Israel e Hamas e anunciando a intenção de renomear o Golfo do México para Golfo da América. Trump promete dar fim às guerras e trazer paz à Terra. Resta saber se suas promessas de se retirar da OTAN ainda vão se concretizar e se ele criará uma nova força conjunta militar mundial, o que pode colocar a Europa nas mãos de Putin. Afinal, mesmo em guerra, os países europeus compraram mais gás do que nunca da Rússia, apesar das sanções econômicas.
Leitor, o ex-presidente Joe Biden tomou uma decisão controversa nos últimos momentos de sua gestão ao conceder perdão presidencial a membros de sua família e integrantes de sua administração. Embora nenhum deles enfrente acusações criminais, a medida parece ter sido uma tentativa de evitar possíveis retaliações sob a nova administração, considerando as polêmicas obscuras envolvendo Hunter Biden.
A cerimônia de posse de Trump, realizada no Congresso devido ao frio em Washington D.C., contou com a presença de figuras influentes como Elon Musk, Jeff Bezos e Bernard Arnault, mas excluiu líderes internacionais. A comitiva brasileira, liderada por Eduardo e Michelle Bolsonaro, assistiu ao evento do lado de fora, enquanto figuras como Nikolas Ferreira e Pablo Marçal aproveitaram a ocasião para gravar vídeos com Trump. A velha síndrome de dependência do “salvador externo” ressurge mais uma vez no Brasil. Vídeos circulam na rede em que Trump recebe pedidos para salvar a nação brasileira.
Enquanto isso, Donald declarou que os Estados Unidos não precisam do Brasil, ressaltando que a América Latina depende mais deles. Lula da Silva, atual presidente do Brasil, afirmou querer manter a parceria histórica entre os países, mas suas críticas a Trump e a referência ao republicano como “adepto do cara de bigode europeu” indicam que o cenário diplomático entre as duas nações não será dos mais tranquilos.
A política protecionista de Trump apresenta um misto de desafios e oportunidades para o Brasil. Por um lado, a relação comercial com a China pode se beneficiar à medida que os Estados Unidos direcionam tarifas para os chineses, favorecendo exportações brasileiras para o gigante asiático. Por outro lado, o mercado financeiro demonstra certa cautela, apostando em um cenário menos extremo do que o sugerido pelas promessas eleitorais de Trump. No entanto, a implementação de medidas protecionistas, como a taxação de países que possam colocar a economia americana em risco, levanta preocupações. Para o Brasil, que vê nos Estados Unidos um parceiro estratégico do agronegócio, essa política pode representar um impacto significativo. Apesar da possibilidade de expansão nas exportações para a China, um eventual aumento de tarifas americanas exigirá um grande esforço diplomático de Lula, em um delicado jogo de equilíbrio, para não agravar ainda mais a situação econômica do país.
O retorno de Trump ao poder também reacende debates sobre liberdade de expressão, controle de mídias e autoritarismo. Seu impacto global já começa a ser sentido, e os desdobramentos de suas ações certamente influenciarão mercados e relações diplomáticas em todo o mundo. No Brasil, com Lula hesitando sobre disputar novas eleições e Bolsonaro em busca de recuperação política, o cenário abre espaço para novas lideranças ou, pior, para estratégias que reforcem a manipulação e o controle midiático, colocando em xeque o governo atual e sua fixação por poder. Essa fixação pode resultar em planos nefastos para evitar deixar a cadeira presidencial, ao estilo Maduro.
Cabe a nós, leitores, acompanhar com senso crítico os desdobramentos dessa nova fase, conscientes de que os impactos da política americana reverberam diretamente em nosso quintal. O futuro exige vigilância e engajamento para que as decisões de líderes externos não comprometam ainda mais os caminhos de nossa nação. Na balança do comércio global, cada movimento tem o peso de uma decisão histórica: será que nosso país vai sobreviver? Winston Churchill diria: “Nunca desperdice uma boa crise”.