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Elon Musk Big Data e a Nova Era da “Liberdade de Expressão”

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Um jogador vem conquistando e chamando a atenção nas terras tupiniquins há um certo tempo, principalmente desde que adquiriu, em outubro de 2022, uma rede social de peso, o antigo Twitter, atual X – por US$ 44 bilhões. Com a promessa de ser imparcial e promover o diálogo democrático, livre de censura e viés ideológico, Elon Musk entrou em cena. Conhecido como o homem dos foguetes e fundador da empresa de tecnologia Tesla, agora penetra ferrenhamente na Big Data global. Para muitos, esse novo player não sabia o que estava fazendo; para outros, mais críticos, afirmaram que seria o fim do mundo, repetindo a velha cartilha de que “bilionários não deveriam existir”. Já para ele, o homem do momento, disse que adquiriu a rede social, abre aspas, “para deter um vírus mental que ameaçava a humanidade”. Como ele chegou a tais conclusões é um mistério, mas há indícios de que seu relacionamento com sua filha fornece pistas.

Desde a compra da rede social, Elon vem prestando um serviço ao Brasil no quesito das liberdades. Essa teclada das redes, e o último bastião que resiste incessantemente ao controle do governo, foi mais discutido do que nunca. Foi valioso ao serviço democrático brasileiro, mas, como um homem capitalista, ele tem objetivos às escuras que só vamos descobrir no futuro. Ah, e o futuro? O que esperar desse presente que chega a galope em um cavalo de cores vermelhas e azuis, aliás, um pouco laranja, por sinal. Dia 20, Donald Trump assume seu segundo e último mandato, e com isso, o player da vez vai ocupar um cargo importante no governo. E o que isso representa para o mundo? Bom, algumas coisas que discutiremos a seguir, mas reflexos disso já podemos vislumbrar com declarações e posicionamentos de seu concorrente: Mark Zuckerberg. Que, até o momento, era totalmente a favor das checagens e monitoramentos, mas, em um vídeo recente, explodiu a internet ao mudar de opinião totalmente. É, leitor, algo na silhueta do amanhecer promete uma nova era das informações.

No vídeo publicado nesta terça, 7, em sua conta do Instagram, Mark Zuckerberg anunciou mudanças em suas redes. Aqui fica estranho e acende aquela lâmpada, leitor. Ele afirma que: “a América Latina tem tribunais secretos de censura”… Pronto, bastou dizer isso para a internet brasileira entrar em zona apocalíptica. Mark ainda disse que está desligando parcerias com “grupos de checagem” e que adotará medidas semelhantes ao X, de Elon Musk. É, leitor, veja aonde chegamos. Uma tendência com a onda Trump, inaugurada pelo homem dos foguetes. O Supremo Tribunal Federal, deputados, influenciadores, ministros já se pronunciaram e pediram explicações, usando como defesa aquela mulher velha, que foi sequestrada e permanece em um calabouço a pão e água, para não dizer outra coisa, em algum lugar ali em Brasília. Estou falando da velha democracia. Sabia que você não a havia esquecido…

Zuckerberg, então, percebendo o caos se instalando e temendo que alguns milhões sejam retirados de suas contas dos bancos tupiniquins, publicou novamente outra informação em suas redes. Afirmou, em ofício endereçado à Advocacia-Geral da União (AGU), na segunda-feira (13), que as mudanças na checagem de fatos da plataforma serão apenas nos Estados Unidos. A empresa ainda acrescentou que as notas da comunidade serão testadas primeiro no país, antes de qualquer expansão para outros territórios. Mark ainda afirmou que a Meta tem sido perseguida pelo governo americano, que encoraja outros países a fazerem o mesmo. “Os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente”.

Algo precisa ser dito para você: existe um argumento relacionado ao motivo pelo qual Elon não briga pela democracia na China e outros países com democracias relativas. Já ouviu, certo? Existe um ato legal nos Estados Unidos que obriga empresas norte-americanas que operam em outros países a respeitar a legislação local. É por isso que Musk opera na China e não liga para liberdade de expressão, porque o ordenamento jurídico chinês não concede tal liberdade. Já no Brasil, o ordenamento jurídico garante a liberdade de expressão. E o que essas empresas, como o grupo Google, Meta e Musk, nesse meio tempo, tentam cumprir a lei no país, mas existem censuras e cancelamentos prévios. Essas empresas aceitaram passar por cima da nossa Constituição por ordens sigilosas… Te pergunto: tais empresas terão problemas no Brasil por isso? Claro que não, terão se não o fizerem. A bucha para eles é dentro do próprio Estados Unidos. E o que acontece agora com a ascensão do player da vez? Elon Musk pode ter o monopólio da Big Data.

Além de ser a maior potência mundial aeroespacial, Musk vai se tornar a maior potência na Big Data. O cálculo empresarial e seu cargo no governo de Trump, além de sua briga constante contra censura e em defesa das liberdades, exemplifica a mudança da Meta às vésperas da posse do novo presidente. Se Elon conseguir sanções para o Grupo Meta e Google dentro dos EUA, ele vai reinar absoluto no mundo. Além disso, autoridades chinesas estão avaliando uma possível venda do TikTok para o player da vez dentro do território americano. Tudo isso antes da posse do cavaleiro laranja, leitor. Fica aquela pergunta no ar: o que nos aguarda?

O futuro reserva transformações profundas na dinâmica global das informações e das liberdades individuais. Se Elon Musk consolidar o monopólio da Big Data e influenciar legislações que cerquem empresas concorrentes, podemos ver um realinhamento das forças digitais em escala mundial. A época Trump 2.0, associada a essa concentração de poder tecnológico, pode inaugurar um período onde as redes sociais deixem de ser apenas espaços de interação para se tornarem ferramentas determinantes no destino de governos e povos. Resta saber se isso será para o bem ou se estará pavimentando um caminho perigoso para uma nova forma de controle. Afinal, o cavalo segue galopando, e o amanhã é um horizonte ainda por desbravar.

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