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De Olho no Seu Dinheiro: O Pix e a Política do Abismo

MOLDE COLUNA KLEBER INACIO PIX

Nosso país, caro leitor, parece caminhar rumo a um abismo de destruição mútua. O povo, ao que tudo indica, tem uma estranha inclinação para ser enganado. Nesse palco de desgraça e desolação, uma classe manipula enquanto os menos informados, suscetíveis à enganação, sofrem sem perceber os nefastos planos que buscam colocar a nação na miséria.

O governo brasileiro intensifica o controle sobre as transações financeiras, incluindo agora o Pix, como resposta à crise econômica que assola o país. A Receita Federal passou a monitorar transações acima de R$ 5.000, enquanto discute-se a criação de novos impostos digitais. Essa estratégia visa aumentar a arrecadação e combater a inadimplência, mas escancara um profundo abismo de desconfiança entre a população e seus líderes. Este desgoverno, famoso por declarar que nada fará para depois agir às escondidas, segue a mesma cartilha. Quem não se lembra da taxação das empresas internacionais? Disseram que seria voltada às empresas, mas o impacto caiu, é claro, sobre o consumidor. O presidente, sua esposa, ministros e até influenciadores mentiram descaradamente, como raposas sedentas por sangue, enganando as ovelhas. Agora, o mesmo padrão se repete: promessas de que “não haverá taxação”, enquanto o povo já prevê mais um golpe no bolso. No deles? É sempre investimento.

Em um país onde a dívida pública consome 7,85% do PIB — somando impressionantes R$ 918,5 bilhões em juros anuais —, a pressão sobre as contas governamentais é evidente. O aumento dos gastos públicos, especialmente com auxílios que beneficiam cerca de 95 milhões de brasileiros e ultrapassam os R$ 90 bilhões, é inegavelmente necessário para mitigar a desigualdade social. No entanto, isso levanta questões sobre a sustentabilidade financeira a longo prazo. E não se pode ignorar os privilégios, supersalários e benefícios concedidos à elite do funcionalismo público, que consomem recursos enquanto o cidadão comum luta para sobreviver.

Profissionais autônomos como vendedores de água, fotógrafos, pedreiros e cabeleireiros mal conseguem manter-se à tona neste mar de desgraças e agora serão monitorados. Ah, mas o cartão do presidente tem sigilo de 100 anos, não é? Pense com a mente, caro leitor, e não com a emoção: os grandes empresários e as gigantes corporativas — as “BIGS”, como a esquerda gosta de dizer — têm à disposição um exército de advogados para explorar brechas, sonegar e manipular o sistema tributário. Esse controle é voltado exclusivamente contra o pobre, como você e eu. Estamos sob o comando de um governo Gastão, e o que ele mais precisa agora é dinheiro. Nem um simples churrasco ou festa de aniversário poderá ser feito sem justificar a origem dos recursos.

Esse debate também revela a continuidade de práticas fiscais entre os governos de Bolsonaro e Lula, refletindo a insatisfação popular com ambos. A proposta de Paulo Guedes para implementar um imposto sobre transações digitais exemplifica como governos buscam fontes estáveis de receita. Porém, a digitalização das transações também levanta preocupações sobre privacidade e vigilância excessiva.

Enquanto isso, setores essenciais como saneamento e saúde permanecem relegados a segundo plano. Essa negligência reflete a priorização de políticas eleitorais que atendem interesses imediatos, mas ignoram demandas urgentes da população.

O controle ideológico nas escolas e a crescente polarização reforçam esse cenário, colocando em risco a liberdade de expressão e o pensamento crítico. E, como já era de se esperar, entra em cena a segunda tecla preferida deste desgoverno: o controle sobre as redes sociais. As mídias sociais, último bastião de resistência contra a manipulação descarada do governo, enfrentam ataques constantes. Ministros e decretos abusivos tentam amordaçá-las, mas elas ainda resistem.

A democracia, caro leitor, é como a chama trêmula de uma vela em meio à vastidão da escuridão. Frágil e vulnerável, exige vigilância constante para resistir aos ventos traiçoeiros que ameaçam apagá-la. Sem mãos firmes para resguardá-la, essa chama se extingue, deixando-nos à mercê do caos e da opressão.

Neste cenário, é essencial refletir sobre o papel da população. A verdadeira mudança não virá de promessas vazias ou militâncias virtuais. Depende de ações individuais, engajamento cívico e do fortalecimento da educação como ferramenta de transformação. Se os líderes atuais falham em representar os interesses do povo, cabe a nós exigir transparência, responsabilidade e compromisso com o futuro.

A mudança começa dentro de cada um, mas ecoa coletivamente. Somente assim superaremos os desafios e encontraremos o caminho para a verdadeira justiça social e econômica.

Como Deus disse, interpretado pelo magnífico Morgan Freeman ao personagem Bruce Nolan, vivido pelo excepcional Jim Carrey, parafraseando e adaptando para a nossa realidade:

“A solução não está em um líder messiânico, nem em leis bonitas no papel, nem em demagogias ou em influenciadores. Está em nós, em cada brasileiro que se levanta de madrugada para trabalhar e retorna à noite, está na mãe que deixa o filho na creche para buscar o sustento, está no pai que sustenta sua família com um salário mínimo, verdadeiros milagres que são sufocados neste mundo tenebroso chamado Brasil.”

 

Kleber Inácio da silva

Graduado em História, com especialização em História e Cultura Afro-Brasileira, além de uma pós-graduação em Literatura Brasileira. Escritor – Membro da Academia Morrinhense de Letras e também integra o Conselho Municipal de Cultura de Morrinhos-GO.

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