A DESPEDIDA DE KIM
Kim Kataguiri acaba de revelar que foi “desistido” pelo seu próprio partido, das eleições pela prefeitura de São Paulo. Para quem o acompanhou durante a pré-campanha, não é novidade o boicote e mau-caratismo a que o deputado foi submetido nas relações internas do União Brasil. Porém, apesar de todos os indícios de que não daria certo, Kim Kataguiri em nenhum momento demonstrou algum sinal de desistência publicamente.
Em seu pronunciamento, foi dito que, ele e o Movimento Brasil Livre, farão de tudo para dificultar ao máximo a candidatura de Guilherme Boulos. Não houve momento fácil nos 20 minutos de fala dos integrantes do MBL que, a contragosto, declararam voto útil ao atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sobre a prerrogativa de ser o “menos pior” e também por um suposto compromisso por parte de Nunes em seguir ideias do plano de governo de Kim.
É sabido que Nunes não tem preparação nenhuma para dirigir a maior cidade do Brasil; a estagnação da cidade por mais 4 anos é o que se espera por parte de sua gestão. Mas é neste ponto que entramos em um dilema: é preferível a inércia ou um recuo irrecuperável? Foi a partir disso que Kataguiri e seus colegas do MBL tomaram tal decisão, amarga e desgostosa.
Apesar da escolha de Kim, voltemos à realidade para refletir o seguinte: Ricardo Nunes tem a capacidade de debater semelhante à de uma ameba, a oratória de um vereador iniciante, o carisma de uma placa de trânsito (especificamente a de preferência R-2) e popularidade de alguém que deixou a cidade no escuro diversas vezes. A partir dessas observações, digo para esperarem o pior durante a campanha e os debates, e quando digo “o pior”, faço uma alusão direta à vitória de Guilherme Boulos.
Texto: @alifpsantos
Imagem: @ribeiro_gabrielsouza2