Bastião Compilado – 06/05/2025

PGR CONSIDERA QUE O NÚCLEO 4 DE TRAMA GOLPISTA DEVE SER RESPONSABILIZADO:

Durante julgamento no Supremo Tribunal Federal, a subprocuradora-geral da República, Cláudia Sampaio Marques, apresentou a denúncia contra o chamado núcleo 4, formado por sete pessoas envolvidas na tentativa de golpe de Estado. Segundo ela, os acusados agiram de forma coordenada para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, mesmo após sua derrota nas eleições. A manifestação ocorreu no plenário da Primeira Turma do STF.

A subprocuradora destacou que o grupo participou ativamente da disseminação de desinformação sobre o processo eleitoral. Entre as ações citadas estão a propagação de notícias falsas e a realização de transmissões ao vivo com conteúdo enganoso. De acordo com Cláudia Sampaio, essas práticas estavam ligadas a um plano mais amplo de impedir a posse do presidente democraticamente eleito.

Ela também enfatizou que havia uma estrutura organizada por trás das ações, com divisão de tarefas e objetivos bem definidos. Para a PGR, trata-se de uma organização criminosa composta por 35 pessoas, das quais o núcleo 4 faz parte. Cláudia reforçou que todos os integrantes tinham plena consciência do que estavam fazendo e agiram deliberadamente para viabilizar o golpe, afastando a ideia de que a denúncia seja excessiva.

PLANO ISRAELENSE PARA GAZA INTENSIFICA CRISE HUMANITÁRIA:

O governo de Israel, sob comando de Benjamin Netanyahu, aprovou um plano para ampliar a ofensiva contra o Hamas, com o objetivo de conquistar a Faixa de Gaza e forçar o deslocamento da população civil palestina para o sul do território. A medida foi anunciada como parte de uma estratégia para derrotar o grupo militante e garantir o retorno dos reféns israelenses.

A operação será conduzida de forma gradual e poderá levar meses. Segundo autoridades, se não houver acordo sobre os reféns até a visita do ex-presidente Donald Trump à região, Israel iniciará a chamada operação “Gideon Chariots” com intensidade total. Soldados da reserva foram convocados para reforçar as ações militares, que devem incluir ataques diretos ao Hamas.

Desde o colapso de um cessar-fogo em março, Israel impôs um bloqueio à entrada de ajuda humanitária em Gaza. A situação provocou alertas da ONU e de entidades internacionais sobre uma crise de fome iminente para os 2,3 milhões de habitantes do enclave. Apesar disso, o governo israelense afirma que retomará a distribuição de ajuda apenas “se necessário”.

PROTESTO CONTRA A SUSPENSÃO DE AÇÕES SOBRE PEJOTIZAÇÃO:

A Associação Goiana da Advocacia Trabalhista (Agatra) organizou um protesto em Goiânia contra uma decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que parou todos os processos que discutem se é legal ou não contratar pessoas como empresas, a chamada “pejotização”. O ato será em frente ao Fórum Trabalhista e faz parte de uma mobilização nacional liderada pela Associação Brasileira da Advocacia Trabalhista (Abrat).

A Agatra afirma que o objetivo do protesto é defender o papel da Justiça do Trabalho em julgar casos sobre relações de trabalho. A associação lembra que, de acordo com a Constituição, só os servidores públicos com vínculo direto com o Estado ficam fora da Justiça do Trabalho.

Gilmar Mendes tomou essa decisão no dia 14 de abril, dizendo que a Justiça do Trabalho não tem seguido o que o STF já decidiu sobre o assunto, o que estaria causando confusão e muitos processos. Para a presidente da Agatra, Cristiane Pavan, isso atrapalha o combate a fraudes trabalhistas e enfraquece a Justiça do Trabalho, por isso a mobilização é necessária.