Bastião Compilado – 28/04/2025

GREVE DE PROFESSORES EM APARECIDA DE GOIÂNIA A PARTIR DESSA SEGUNDA-FEIRA: Em assembleia realizada no dia 23, os trabalhadores da educação de Aparecida de Goiânia aprovaram greve por tempo indeterminado, a partir de 28 de abril. A decisão, segundo a presidente do Sintego, deputada Bia de Lima (PT), ocorreu após sucessivas tentativas frustradas de diálogo com a gestão municipal. Mesmo com a greve aprovada, os profissionais seguirão nas escolas nesta semana para cumprir trâmites legais e mobilizar a comunidade escolar.

As reivindicações incluem o pagamento do Piso Nacional do Magistério, melhorias na estrutura física das escolas, fornecimento adequado de materiais de limpeza e EPIs, além de críticas ao excesso de plataformas digitais burocráticas. A categoria também cobra a realização de concurso público, regularização de licenças, pagamento de titularidades e progressões, e a criação de uma comissão permanente de negociação com a Secretaria de Educação.

Segundo Bia de Lima, a sobrecarga de trabalho e a falta de diálogo têm agravado o adoecimento dos profissionais e aprofundado o sentimento de desvalorização. Uma nova manifestação está prevista para terça-feira, 29, em frente à Prefeitura, com nova assembleia para definir os rumos do movimento, caso não haja avanços nas negociações. A deputada reforçou que a greve não é um objetivo, mas uma consequência da omissão do poder público.

PARTIDOS DE CENTRO BUSCAM ALIANÇA CONTRA ESQUERDA EM GOIÁS: Uma grande aliança política está se formando entre MDB, União Brasil, PL, PP, PSD e Republicanos, com o objetivo de fortalecer a direita no Brasil e em Goiás. No cenário nacional, aposta-se em Ronaldo Caiado como candidato à presidência, enquanto em Goiás o nome mais forte para o governo é Daniel Vilela (MDB). A disputa local deve se polarizar entre Vilela, representando a centro-direita, e Marconi Perillo (PSDB), que, apoiado pelo PT, liderará uma frente de centro-esquerda.

Apesar de ser um político de centro, Marconi Perillo tende a consolidar sua candidatura ao lado de forças de esquerda, como o PT e lideranças como Adriana Accorsi, Bia Lima e Delúbio Soares. O PSDB, em decadência, terá um papel secundário na composição, enquanto Daniel Vilela deverá reunir partidos fortes da direita, formando uma frente eleitoralmente robusta e difícil de ser derrotada.

A chapa majoritária da centro-direita poderá ter Daniel Vilela para governador, Gracinha Caiado e Major Vitor Hugo disputando o Senado. Com essa união, MDB, União Brasil e PL esperam eleger dois senadores, o governador e cerca de 15 deputados federais, enquanto a esquerda, enfraquecida, deve garantir apenas a eleição de Adriana Accorsi e Rubens Otoni.

LÍDER DE PDT DEFENDE LUPI E DIZ QUE PASTA DA PREVIDÊNCIA SÓ CAUSA PROBLEMAS: O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), afirmou que, se o presidente Lula (PT) demitir Carlos Lupi do Ministério da Previdência, estará, na prática, “demitindo o partido”. Segundo ele, nessa hipótese, o PDT não deveria indicar substituto. Heringer também defendeu a mesma posição caso Lupi peça demissão.

O deputado criticou o espaço dado ao PDT no governo, reclamando que o Ministério da Previdência “só traz ônus” e que a sigla esperava outra função mais estratégica, dado o apoio fiel a Lula. Ele disse que já era contra assumir a pasta desde o convite: “É um ministério que só dá problema”, responsabilizado por reformas que prejudicam aposentados e pelas constantes reclamações ao INSS.

Heringer ressaltou que a Previdência é vista como “patinho feio” e, embora seja um ministério com grande orçamento, é alvo de corrupção sistêmica. Segundo ele, “ladrões e negociantes” tentam controlar o setor, algo que não é exclusividade do governo atual.

O líder enfatizou que o PDT não tem responsabilidade nas irregularidades e defendeu que investigações, como a que envolve Lupi, são complexas e levam tempo, justificando a demora nas ações desde a descoberta de problemas em junho de 2023.