Governo “condena”, em nota oficial, assassinato de Haniyeh, líder do Hamas
Haniyeh foi morto em Teerã, e a informação foi divulgada tanto pelo Hamas quanto pela Guarda Revolucionária do Irã. O líder do Hamas estava na capital iraniana para a cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian.
Em nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores, nesta quarta-feira, o governo brasileiro condena “veementemente” o ass4ssinat0 de Ismail Haniyeh, referindo-se a ele como o “chefe do Escritório Político do Hamas”, uma designação que pode ser vista como um eufemismo para o líder do grupo terr0rist4 Hamas, que aliás já foi reconhecido como criminoso de guerra pelo Tribunal Penal Internacional de Haia.
“O Brasil repudia o flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação dos princípios da Carta das Nações Unidas, e reitera que atos de violência, independentemente da motivação, não favorecem a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio”, afirma o comunicado do Itamaraty.
O documento brasileiro ainda ressalta que tais ações podem complicar a busca por uma solução política para o conflito em Gaza e impactar negativamente as negociações sobre um possível cessar-fogo na região, além de influenciar adversamente a libertação de reféns.
“O governo brasileiro reafirma que, para conter a grave escalada das tensões no Oriente Médio, é essencial a implementação imediata de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, em conformidade com a Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas,” conclui o comunicado.
Texto: Jordana Zagury
Imagem: @ribeiro_gabrielsouza2
